Por: José Mendes Pereira
As minhas palavras sobre Raimundo confeiteiro serão poucas, por eu não saber qual era o seu nome completo, a sua família, onde morava etc. Apenas quero deixar registrado neste blog a sua permanência durante muitos anos na calçada do Cine Caiçara, vendendo confeitos, cigarros e outros mais.
Raimundo confeiteiro era magro, não tão alto, moreno, e com um jeito bastante humilde; e todos os dias, de segunda a segunda, ele estava com o seu carrinho de confeito na Rua Alfredo Fernandes, vendendo os seus produtos.
Ver-se na foto o carrinho do Raimundo - Fonte da foto: telescope.blog.uol.com.br
Não tenho certeza se o homem que aparece lá na porta do cinema era ele. Mas tudo indica que sim, já que o carrinho está como se estivesse pronto para ele ir embora. E pelo jeito que ele está, é como se o cinema já havia fechado as suas portas de ferro, dando a entender que ele está segurando os varões da porta. O seu carrinho era colocado sobre a calçada, no final do prédio, ao lado esquerdo da foto.
Lembro-me o dia que ele chegou à Editora Comercial S/A e pediu ao Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa, um dos sócios do cinema, que o deixasse colocar o seu carrinho sobre à calçada do Caiçara, pois não tinha emprego, e estava necessitando de ganhar uns trocadinhos para o sustento de sua família. Pelo seu jeito tímido, parecia que estava esperando um não do proprietário.
Lembro-me o dia que ele chegou à Editora Comercial S/A e pediu ao Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa, um dos sócios do cinema, que o deixasse colocar o seu carrinho sobre à calçada do Caiçara, pois não tinha emprego, e estava necessitando de ganhar uns trocadinhos para o sustento de sua família. Pelo seu jeito tímido, parecia que estava esperando um não do proprietário.
Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa
Mas o Dr. Paulo Gutemberg disse-lhe que podia expor as suas mercadorias ali mesmo, pois o seu carrinho jamais iria atrapalhar o funcionamento do cinema. E por muito tempo Raimundo adquiria o que era necessário para manter a sua estimada família.
Como ninguém sabe como será o dia do amanhã, certo noite, assim que o cinema fechou as portas, Raimundo cuidou de guardar todas as suas mercadorias, e deu partida para casa. Mas infelizmente Raimundo foi brutalmente arremessado por um carro, deixando-o desacordado. Levado ao antigo Hospital de Caridade de Mossoró, não resistindo aos ferimentos, Raimundo faleceu.
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