sábado, 29 de junho de 2013

Dr. Vingt-un Rosado e Sebastião de Sinhô

Dr. Vingt-un Rosado

Dr. Vingt-un Rosado era membro da família numerada de Mossoró, (Rosado), e era o mais novo dos 21 filhos do patriarca Jerônimo Rosado Ribeiro, sendo ele filho da segunda esposa  dona Maria Amélia Henrique Maia.

Jerônimo Rosado - Patriarca da família numerada de Mossoró

Durante muitos anos foi diretor da Escola Superior de Agronomia de Mossoró, hoje UFERSA, e como era um homem generoso, amante de Mossoró, Dr. Vingt-un gostava de criar vagas na escola para empregar os seus conterrâneos.

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E necessitando de um vigilante criou mais uma vaga para ajudar a uma pessoa qualquer, desde que tivesse o curso ginasial.

Sabendo que o diretor estava necessitando de um vigilante Sebastião de Sinhô, como era chamado, que era construtor prático, mesmo não tendo nenhuma noção de vigilância, tentou ocupar aquela vaga.

- Eu tenho uma vaga para um vigilante, mas somente para quem já fez ginásio. – Dizia Dr. Vingt-un Rosado ao candidato àquela vaga.

Sebastião que era um homem meio engraçado e mesmo sabendo que não tinha concluído o ginásio, tentou ludibriar o Dr. Vingt-un Rosado dizendo-lhe:

- Dr. Vingt-un, eu não só fiz um ginásio, como fiz dois aqui em Mossoró.

- Dois ginásios?! – Admirou-se Dr. Vingt-un Rosado. E como é que se faz ginásio duas vezes? Pelo que eu entendo, ginásio só se faz uma vez.

- Eu fiz o Ginásio Municipal Senador Duarte Filho, sendo este no  Conjunto Walfredo Gurgel, aqui em Mossoró, e o outro que eu fiz foi Ginásio Municipal Professor Manoel Assis, lá no bairro Boa Vista.

- Como? – Quis saber Dr. Vingt-un.

- Eu não estudei ginásio Dr. Eu construí duas escolas ginasiais. O anúncio que está no mural não explica o tipo de ginásio que o sujeito tenha feito.

Diante do grave erro do anúncio Sebastião foi empregado por alguns meses, quando resolveu voltar para o ramo de construtor.


Minhas Simples Histórias

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Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com

Autor:
José Mendes Pereira

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Ladrão de caprinos

Por: José Mendes Pereira

Manoel Cristiano da Silva nascera na região do agreste, no Estado do Rio Grande do Norte. Aos dez anos de idade em companhia dos pais veio morar em Mossoró, fazendo residência no sítio Barrinha, e lá, cresceu, pôs-se rapaz, casou-se, trabalhando sempre na Fazenda do velho Chico Duarte. Com as suas economias conseguiu ser proprietário de uma minúscula propriedade, onde criava meia dúzia de vacas, mais um rebanhinho de bodes.


Manoel Cristiano era tido como homem de grande confiança. Nada desabonava o seu caráter de homem honesto, até o dia em que foi pego com roubos nas mãos. Mas o nosso conterrâneo não era tão honesto como se pensava.

Logo que terminava as suas obrigações de chiqueiro e curral se mandava para o campo, e com ele, duas latas vazias de querosene enfiadas num pau, conduzida sobre os ombros, um afiado facão, uma faca peixeira, machado, mas alimentos, afirmando ele que iria tirar capuchu.


Mas o homem honesto, como tinha fama, matava as cabras da vizinhança nos tabuleiros, enchia as latas de carne de cabra, e sobre elas, arrumava as capas de capuchu. Geralmente, ao retornar, passava pelas casas dos próprios proprietários das cabras que ele matava, e lá, mandava que todos comessem capuchu à vontade, pelo menos enquanto não chegasse à carne que estava embaixo das capas de mel.


Certo dia, Manoel Cristiano foi flagrado esfolando uma cabra nos tabuleiros. Denunciado à polícia foi convocado pelo então tenente Clodoaldo, este, na época era o delegado de polícia de Mossoró.

Tenente Clodoaldo - http://jotamaria-primeiradp.blogspot.com.br/2012/12/tenente-clodoaldo-de-castro-19571969.html

Assim que o tenente Clodoaldo levou o assunto sobre o seu feito, que ele estava comendo os bodes da vizinhança, ele se defendeu perguntando-lhe o seguinte:

- Tenente Clodoaldo, o que me diz a autoridade? Tenho plena certeza que esta é uma grande calúnia contra mim. Digo ao senhor, que eu nunca comi um bode de quem quer que seja. Agora cabras, eu comi muitas por esses tabuleiros da Barrinha.


Manoel Cristiano recebeu pelo seu feito três anos de cadeia. Cumprido o seu castigo, foi solto. E a partir daí, deu início ao furto de bodes, onde deixou vários proprietários em condições de fecharem os seus chiqueiros de caprinos. Dizia ele a todos que era vingança, já que nunca havia comido um bode de ninguém. Mas cabras havia comido muitas.  

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