Por: José Mendes Pereira
Tenente Clodoaldo - Fonte da foto: http://jotamaria-pcmossoro.blogspot.com.br
Segundo Jota Maria do blog: jotamaria-pcmossoro.blogspot.com.br o Tenente Clodoaldo era natural de parelhas no Estado do Rio Grande do Norte. Nascido a 14 de Agosto de 1918, e era filho de José Perventino de Castro e de Úrsula Florinda de Castro. Ingressou na Polícia Militar em 12 de
novembro de 1937. Foi delegado de polícia de Mossoró, nas administrações
estaduais nos governos de Dinarte Mariz, Aluízio Alves e o monsenhor Walfredo Gurgel.
O Tenente Clodoaldo foi um dos
delegados de Mossoró que durante o seu período como xerife, Mossoró tinha respeito. Não admitia que
sujeito nenhum desmoralizasse a sua administração, e para conservar a sua
autoridade sobre Mossoró, mantinha grupos de policiais rondando nos bairros e
nas periferias da cidade.
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O tenente Clodoaldo foi odiado por alguns que
tentavam de toda forma diminuir a sua autoridade. Mas também foi elogiado por
muitos que apoiavam a sua maneira de moralizar esta cidade.
Nos anos sessenta eu ainda era
interno da Casa de Menores Mário Negócio, e no dia em que isto aconteceu eu fui
incumbido pela diretora desta para ir até a cadeia pública, onde hoje funciona
o Museu Municipal de Mossoró, levando comigo uma espécie de telegrama, para que
o delegado de Mossoró, o tenente Clodoaldo autorizasse o envio através de
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do seu Rádio
Amador para ser enviado ao Dr. Xavier, em Natal, sendo este secretário do SAM –
Serviço de Assistência ao Menor, hoje, FEBEM.
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Naquela época o uso telefônico
era caríssimo, e muitas empresas e órgãos do governo usavam mais o sistema de “Rádio
amador”, que o custo era apenas o pagamento anual dos direitos de
funcionamento.
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Ao chegar à cadeia fui encaminhado até à sala do delegado através de um policial que se encontrava como sentinela,
dizendo-me que eu teria que pegar uma escada para chegar até à presença do xerife.
Eu nunca tinha entrado naquele
prédio. E assim que me deparei com a dita escada, tomei rumo à sala administrativa.
Como eu nunca tinha visto de perto portas de salas de xerifes, ao empurrá-las, soltei-as de vez. E nesse momento o Tenente Clodoaldo vinha me acompanhando,
recebendo uma forte pancada no peito e atingindo também o seu nariz.
Recebi uma bronca do delegado,
chamando-me de todos os nomes horríveis que um delegado possa dizer contra
alguém.
Tentei me defender de todas as formas, dizendo-lhe que
eu não sabia que ele vinha seguindo os meus passos. Mas as minhas explicações não foram
suficientes para convencerem o carrasco, famoso, delegado e Tenente Clodoaldo de Castro Meira.
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José Mendes Pereira
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