Por: José
Mendes Pereira
Cocota
Artigo
publicado no blogdomendesemendes.blogspot.com,
no
dia 30 de Junho de 2012, e no blog
honoriodemedeiros.blogspot.com.br no dia 24 de Julho de 2012, do advogado, escritor e pesquisador do cangaço Honório de Medeiros.
Só
para efeito de arquivá-lo neste blog.
Francisco de
Almeida Lopes era carinhosamente alcunhado em Mossoró por Cocota. Seresteiro de
primeira categoria; amigo dos amigos, conduzia consigo uma admirável
popularidade. Nasceu na cidade de Santa Luzia, e era filho do senhor
Messias Lopes de Macedo e da honrada dona Joana Almeida Lopes, e irmão dos
cantores Oséas Lopes (o atual Carlos André), Hermelinda Lopes e João Batista
Almeida Lopes, que artisticamente é conhecido por João Mossoró.
Uma jovem que era empregada doméstica dos seus pais conduzia consigo uma paixão louca pelo seresteiro. O mais interessante, a jovem tinha um irmão ainda criança, que não se sabe o que ele havia feito contra o Cocota, fazendo com que ele o castigasse, dando-lhe uma terrível surra. A agressão do Cocota foi tão violenta que seus irmãos, juntos, quase não conseguiram arrancar a criança dos braços do agressor. Salva das violências praticadas pelo seresteiro, a criança saiu em choro, prometendo-lhe que quando crescesse iria matá-lo, ou de um jeito ou de outro.
Uma jovem que era empregada doméstica dos seus pais conduzia consigo uma paixão louca pelo seresteiro. O mais interessante, a jovem tinha um irmão ainda criança, que não se sabe o que ele havia feito contra o Cocota, fazendo com que ele o castigasse, dando-lhe uma terrível surra. A agressão do Cocota foi tão violenta que seus irmãos, juntos, quase não conseguiram arrancar a criança dos braços do agressor. Salva das violências praticadas pelo seresteiro, a criança saiu em choro, prometendo-lhe que quando crescesse iria matá-lo, ou de um jeito ou de outro.
João Mossoró, Hermelinda Lopes e Carlos André
Anos após, quando os irmãos formaram o Trio Mossoró, Cocota não fazia parte do
grupo, mas no auge do sucesso, e já morando no Rio de Janeiro, os irmãos
resolveram levá-lo para o Rio, para tentar "carreira solo", com o
apoio do Trio Mossoró.
Não se sabe se o que acontecera contra o Cocota tenha sido causado pela paixão da jovem, mas tudo indica que sim, já que ele estava de viagem pronta para juntar-se aos irmãos, que já brilhavam no mundo artístico. Sabendo que tão cedo ele não voltaria a Mossoró, sua terra natal, é provável que ela tenha sido a idealizadora de um plano triste e doloroso.
Já que o Cocota viajaria para a “cidade maravilhosa”, a jovem o convidou para fazer uma festinha em sua residência, onde lá ele cantaria as mais belas músicas que faziam sucesso na época. Como ele era um jovem conhecido na cidade, amigo de muitos, não negou a sua solicitação, dando-lhe a palavra que à noite estaria presente em sua residência.
Cocota era um jovem que não dispensava um bom gole, e nessa noite, bebeu vários goles a mais, chegando a ficar totalmente embriagado. É claro que a jovem sentindo a perda da sua paixão, e talvez, não se sabe, premeditou o crime, tenha lhe dado ainda uns goles a mais. Já muito embriagado ela o convidou para deitar-se, prometendo-lhe que no dia seguinte o levaria para casa dos seus pais. Cocota concorda, e caminha para o quarto, onde lá se deitou.
Mas o seresteiro não imaginava que a sua viagem e carreira artística estariam prestes a serem encerradas, e por má sorte ou coisa arquitetada, o Cocota estava marcado para morrer. E na noite do dia 12 de fevereiro de 1962, a criança que Cocota açoitara, que agora já era um jovem, chegou ao local da festa. Apoderado de uma tesoura, o rapaz começou a furar-lhe. Foram 38 perfurações. Cocota tentou escapulir pela porta da cozinha, mas como o muro da casa da jovem era cheio de cacos de vidro, e por mais que ele tentou subir, não conseguiu se livrar da morte, caindo logo em seguida.
Seu Messias e Dona Joana Lopes tiveram o desprazer de ver o seu ente querido morto, com o corpo e os punhos banhados em sangue, saindo pelas perfurações feitas pela maldita tesoura e pelos cortes dos vidros.
Cocota tentou se livrar da morte, fez tantos esforços para viver, no intuito de apresentar a sua invejada profissão aos brasileiros, principalmente aos seus conterrâneos mossoroenses. Mas infelizmente não conseguiu, calando assim e acabando com os sonhos daquele que foi o maior seresteiro da nossa cidade Mossoró.
Os donos do poder, desde então, nada fizeram de maior importância para homenageá-lo. Mas seus irmãos ainda não perderam as esperanças que esse dia venha acontecer, que na Praça dos Seresteiros seja colocado o seu busto, talhado em bronze, para apresentar às futuras gerações, que ele foi o maior seresteiro de todos os tempos em Mossoró.
Não se sabe se o que acontecera contra o Cocota tenha sido causado pela paixão da jovem, mas tudo indica que sim, já que ele estava de viagem pronta para juntar-se aos irmãos, que já brilhavam no mundo artístico. Sabendo que tão cedo ele não voltaria a Mossoró, sua terra natal, é provável que ela tenha sido a idealizadora de um plano triste e doloroso.
Já que o Cocota viajaria para a “cidade maravilhosa”, a jovem o convidou para fazer uma festinha em sua residência, onde lá ele cantaria as mais belas músicas que faziam sucesso na época. Como ele era um jovem conhecido na cidade, amigo de muitos, não negou a sua solicitação, dando-lhe a palavra que à noite estaria presente em sua residência.
Cocota era um jovem que não dispensava um bom gole, e nessa noite, bebeu vários goles a mais, chegando a ficar totalmente embriagado. É claro que a jovem sentindo a perda da sua paixão, e talvez, não se sabe, premeditou o crime, tenha lhe dado ainda uns goles a mais. Já muito embriagado ela o convidou para deitar-se, prometendo-lhe que no dia seguinte o levaria para casa dos seus pais. Cocota concorda, e caminha para o quarto, onde lá se deitou.
Mas o seresteiro não imaginava que a sua viagem e carreira artística estariam prestes a serem encerradas, e por má sorte ou coisa arquitetada, o Cocota estava marcado para morrer. E na noite do dia 12 de fevereiro de 1962, a criança que Cocota açoitara, que agora já era um jovem, chegou ao local da festa. Apoderado de uma tesoura, o rapaz começou a furar-lhe. Foram 38 perfurações. Cocota tentou escapulir pela porta da cozinha, mas como o muro da casa da jovem era cheio de cacos de vidro, e por mais que ele tentou subir, não conseguiu se livrar da morte, caindo logo em seguida.
Seu Messias e Dona Joana Lopes tiveram o desprazer de ver o seu ente querido morto, com o corpo e os punhos banhados em sangue, saindo pelas perfurações feitas pela maldita tesoura e pelos cortes dos vidros.
Cocota tentou se livrar da morte, fez tantos esforços para viver, no intuito de apresentar a sua invejada profissão aos brasileiros, principalmente aos seus conterrâneos mossoroenses. Mas infelizmente não conseguiu, calando assim e acabando com os sonhos daquele que foi o maior seresteiro da nossa cidade Mossoró.
Os donos do poder, desde então, nada fizeram de maior importância para homenageá-lo. Mas seus irmãos ainda não perderam as esperanças que esse dia venha acontecer, que na Praça dos Seresteiros seja colocado o seu busto, talhado em bronze, para apresentar às futuras gerações, que ele foi o maior seresteiro de todos os tempos em Mossoró.
Nota: Todas as informações deste artigo foram gentilmente cedidas pelo cantor Carlos André, quando de sua visita à minha residência, em companhia do irmão João Mossoró e Kydelmir Dantas, no dia 12 de Junho de 2012.
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Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com
Autor:
José Mendes Pereira
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