quinta-feira, 27 de junho de 2013

Direito que Anathália Cristina Queiroga não teve, o direito de usufruí-lo - Matéria publicada em 2012

Por: José Mendes Pereira

Anathália Cristina Queiroga iria concluir o curso de Direito este ano de 2012

O que é que pensa uma pessoa prestes a se formar em Direito e  exterminar a sua própria vida? Nós, pecadores não sabemos. Dizem que a pior vida do mundo é melhor do que morrer. Mas será que é mesmo?  Eu acho que sim. Ou apenas imaginamos que a pior vida do mundo é melhor do que morrer? Quando isto acontece uma coisa não natural está acontecendo com a vítima.

Anathália Cristina Queiroga (22 anos), tinha tudo para ser feliz. Natural de Pau dos Ferros. Iria receber o seu canudo de papel (Advogada), este ano de 2012; filha única e nascida também, no meio de um único irmão, o Jefferson Queiroga, de 27 anos, Engenheiro, formado recentemente em Natal, pela  Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Anathália tinha um namorado que muito a amava, e além do mais, carinhoso e cuidadoso com os seus pais, amigo de todos que lhe rodeavam.

Na sexta-feira (25 de Maio), deste ano de 2012, em Pau dos Ferros, à tarde, Anathália Cristina Queiroga fez bolo, comprou refrigerantes, ornamentou a casa, dizendo a 


Edilza, sua mãe, que iria lhe fazer uma surpresa. Cuidou de se arrumar para ficar mais linda ainda; fez unhas, cuidou dos longos cabelos, e elegantemente se vestiu. Agora, sim, Anathália se era bela, mais bela ficou. 

Edilza esperava que a Anathália Queiroga iria lhe fazer uma homenagem, como de mãe, de mãe que muito soube criá-la com carinho... Mas se enganara. Anathália estava com outros planos, planos que ninguém soube explicar o porquê.

Mais ou menos às 8;15, (25) da sexta-feira, Anathália Cristina ligou para o namorado, dizendo-lhe que naquele momento iria se despedir do mundo, pois não queria mais viver.

O namorado apavorou-se, dizendo-lhe que não fizesse aquilo, o esperasse, pois estava chegando em casa e muito  a amava, não o deixasse sozinho, e que muito precisava da sua companhia.


Mas Anathália Cristina estava decidida. O mundo que talvez para ela não representasse mais nada, tinha chegado o fim.

O namorado sabia que se encontrava um pouco distante da residência e seria muito difícil encontrá-la ainda com vida. Ligou para Edilza, mãe da Anathália, que também se encontrava distante de casa, apressasse os passos, Anathália Cristina Queiroga, pelo o que havia ouvido dela, através da ligação, tinha planejado um suicídio.

Se o namorado estava apavorado, muito mais estava Edilza. Chegaram em casa ao mesmo tempo, mas quando arrombaram a porta da cozinha, Edilza e o namorado viram a linda Anathália dependurada por uns fracos punhos de rede. Anathália Queiroga que antes Deus estava em sua companhia, aqui na terra, agora Anathália está no céu em companhia de Deus.

Adeus, Anathália!  Você se foi para junto de Deus, mas aqui na terra, nós que somos seus familiares e  continuamos vivos, jamais esqueceremos os bons momentos que passamos juntinhos de você.

Jeferson Queiroga - Engenheiro

Não tive a honra de ser teu padrinho, como sou do Jefferson, teu irmão, mas eu, meus filhos e esposa, sempre a recebemos com carinho, e que a primeira casa que você e seus pais passavam quando vinham de Pau dos Ferros para Mossoró, com certeza era a nossa.

Diz a canção feita pelo poeta Roberto Carlos, que: “morrer não é o fim”. E se não é o fim, você, com certeza, está bem juntinho de Deus.

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Recebi a triste notícia no sábado, (26), bem cedinho, e ainda dormia, quando Rita, minha esposa me chamou, chorando e sem poder me explicar o que havia acontecido com você. Isto para mim foi tão triste, em saber que você resolveu dar fim a sua estimada vida.

Adeus, Anathália Queiroga! Um dia, todos nós, parentes e amigos,  estaremos juntinhos de você. Poderá demorar, mas não teremos outro caminho. A estrada poderá ser outra, mas o caminho será o mesmo que você seguiu para se encontrar com Deus.
    
No momento do sepultamento, Cemitério Novo de Pau dos Ferros, bem próximo à cidade de Encanto-RN uma jovem, sua amiga e da família, relatou o caso de outra amiga que há poucos meses morrera, lá na UnP de Natal. As três colegas formavam uma trempe que onde uma estava, com certeza, ao seu redor, as outras duas ali se encontravam.

Adeus, Anathália Cristina Queiroga! Adeus! Até o dia em que Deus nos chamarmos para participarmos da sua casa.
   
Se você está com pensamentos negativos não lhe custa nada imprimir coisas boas na sua mente. Ajoelhe-se diante de Deus, ele te encaminhará  para viver feliz. Não faça jamais o que fez a minha linda e estimada prima, Anathália Cristina Queiroga.

José Mendes Pereira
Mossoró-RN - Brasil

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Autor:
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