Por: José Mendes Pereira
Meu amigo e
irmão Raimundo Feliciano:
São tantas
façanhas vividas por nós naquela escola nos anos sessenta e setenta, que aos
poucos irei relembrando uma por uma. Foram fatos que nada nos ridicularizou,
apenas fazíamos coisas que todos os adolescentes da nossa época faziam. Éramos uma família unida e nunca houve brigas entre nós. Vivíamos sobre severas ordens, mas vez por outra nós ultrapassávamos os
limites, e estávamos a rirmos uns dos outros, devido as broncas que
recebíamos da vice-diretora; e um dos mais capetas daquela instituição era você, meu mano, por não querer deixar ninguém quieto. Volta e meia você já aprontava uma contra alguém, mas jamais suas brincadeiras foram prejudiciais aos nossos amigos.
Dona
Caboquinha (Ana Salem de Miranda, a diretora, esposa do vice-prefeito de Mossoró, na época, Genildo Miranda), era para nós uma mãe de coração brando e grande, e em certos
momentos ria com aquele jeito angelical dela, pelas desordens que
nós, internos fazíamos.
Ali, nós tínhamos o apoio do governo Estadual, e pelo Dr. Xavier, o verdadeiro manda-chuva do SAM - Serviço de Assistência ao Menor, hoje, representado pela FEBEM. Nunca deixamos de usufruir dos nossos direitos, tínhamos tudo, menos bebidas e cigarros.
Ali, nós tínhamos o apoio do governo Estadual, e pelo Dr. Xavier, o verdadeiro manda-chuva do SAM - Serviço de Assistência ao Menor, hoje, representado pela FEBEM. Nunca deixamos de usufruir dos nossos direitos, tínhamos tudo, menos bebidas e cigarros.
Hoje eu vou
falar um pouco de coisas que antigamente eram difíceis, como por exemplo, uma
das coisas mais difíceis, e que não se via de jeito nenhum, era uma bela
barriguinha de uma jovem, pois além do vestido, ela ainda usava por baixo uma
combinação e uma tal de anágua.
Não se via mulher usando vestido acima do
joelho, e uma que com certeza era impossível se ver, a "calcinha". Nem
nos varais se via uma estendida, apenas vez por outra uma garota se abestalhava,
deixando-a exposta quando se sentava em algum lugar.
Hoje encontramos calcinhas expostas por todos os lugares que frequentamos; nas praias, nos festivais, nas casas de shows, nas escolas, e algumas mulheres fazem questão de tirá-las e rodopiá-las para jogarem no meio dos homens, principalmente oferecendo a cantores que animam shows. Mas isso é a evolução do tempo, e elas tem razão. "Quem quiser ver que a veja, ou tanto faz ver como saber que tem".
Hoje encontramos calcinhas expostas por todos os lugares que frequentamos; nas praias, nos festivais, nas casas de shows, nas escolas, e algumas mulheres fazem questão de tirá-las e rodopiá-las para jogarem no meio dos homens, principalmente oferecendo a cantores que animam shows. Mas isso é a evolução do tempo, e elas tem razão. "Quem quiser ver que a veja, ou tanto faz ver como saber que tem".
Mas Sebastião (que era natalense), João Batista, (lá de Massaranduba - município de Ceará Mirim, irmão
do padre José de Anchieta, como nós o chamávamos), e eu, sempre tivemos as
nossas oportunidades de vermos calcinhas sem muitos esforços, não em varais, mas em lindos corpos
de mocinhas no auge do seu desenvolvimento, que gostavam de apanhar cajaranas lá no Pio XII.
Para quem não conheceu o Pio XII era uma
repartição religiosa e dirigida por freiras, que funcionava em frente às primeiras caixas d'água de Mossoró, próximo ao Tiro de Guerra, e que esta instituição dava apoio a moças que tinham
sido decepcionadas na vida amorosa, uma espécie de convento, eu não posso
afirmar com clareza, e posteriormente ela foi desativada pela direção da
Diocese de Mossoró.
Quando nós
chegávamos ao Pio XII geralmente, lá, já nos últimos galhos da cajaraneira, duas
lindas mocinhas pegavam cajaranas e jogavam para uma outra que estava em baixo. De
espertos, nós ficávamos acompanhando a outra, recebendo as cajaranas jogadas
pelas duas garotas. Mas o nosso intuito, não era recebermos as cajaranas
jogadas, e sim, vermos as calcinhas das meninas.
Certo dia não
levamos sorte. Assim que entramos ao Pio XII para fingirmos que estávamos
colhendo cajaranas, tempo depois chegou um senhor, e ao ver as meninas nos altos
galhos, e nós sob elas, esbravejou, ameaçando-nos com um pedaço de lenha
da própria cajaraneira. E nós não contamos conversa. Saímos de lá às carreiras, com medo
que o homem nos matasse de cacetadas. Dias depois, através de uma delas, soubemos que uma daquelas garotas era sua filha. Nunca mais colocamos os nossos
pés lá no Pio XII. Mas o que nós fazíamos, geralmente eram coisas de adolescentes.
Minhas Simples Histórias
Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.
Todos os direitos reservados
É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.
Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com
Autor:
José Mendes Pereira
Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Se você achar que vale a pena e quiser perder um tempinho, clique nos links abaixo:
http://sednemmendes.blogspot.com
http://mendespereira.blogspot.com
São trabalhos feitos com especial carinho para você, leitor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário