Por: José Mendes Pereira
O que segue aconteceu em Mossoró
Quando
surgiram as empresas encarregadas de seguros de vida muitas delas foram
ludibriadas por certos espertos, que pagavam um valor "X" na intenção
de premeditar um acidente em seu próprio corpo, para receberem uma indenização altíssima, pela perda de um dos seus membros.
Isto
aconteceu não só com um, nem só com dois, mas com vários assegurados, que mesmo
sabendo que iriam ficar sem condições para o trabalho, metiam um dedo, uma mão,
ou até mesmo o braço por completo em máquinas de serrarias, ou na hélice de
um automóvel. Como estavam assegurados às empresas eram obrigadas a indenizá-los.
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De
tantos que propositalmente provocaram acidentes no seu próprio corpo, conheci
dois.
Dos que
eu os conheci o primeiro se chamava Manoel Gustavo. Um homem ainda jovem,
motorista, não profissional, mas fazia viagens quando alguém necessitava de um
condutor para o seu automóvel.
Como
não tinha condições de comprar um carro, sonho de muito tempo, certo dia
entrou em uma serraria, e lá colocou o seu polegar na lâmina da serra. Mas não
levou sorte, porque a serra repuxou a sua mão, aparando todos os dedos, e a mão
ficou em completa desgraça.
Segundo
pessoas que presenciaram o acidente diziam que fazia lástima, porque o sangue
saía do seu corpo em chicotadas. Como no momento não tinha socorros e
automóveis para tangê-lo até a um hospital, morreu no local do acidente.
O outro
faleceu recentemente, com a idade muito avançada. Chamava-se Jorge. Só. Eu não sei o seu nome de batismo completo.
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Um dos
seus amigos dedicou-se a vender seguros de vida, e sendo ele um homem amante do
dinheiro, entrou nessa. Fez o seguro e quando já tinha direito de receber uma indenização por acidente, colocou o dedo polegar da mão direita na hélice do
seu jeep 51.
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Às pressas, foi atendido em um hospital. Já recuperado, deu entrada
no que tinha direito, recebendo um monte de dinheiro. E com ele, comprou carro novo e casa, e ainda montou um belo hotel.
Como
era muito farrista, o seu patrimônio foi de água abaixo, voltando para a vida de antes,
apenas saudara a casa, porque a sua esposa não autorizou a venda do imóvel.
Com
saudade da boa vida que havia adquirido, e sabendo que se pagasse outro seguro em
outra empresa, resolveu cadastrasse em outra seguradora. Um ano depois, segundo os regulamentos do seguro caso
lhe acontecesse acidente, seria pago o que lhe garantia.
Ciente
do montante que iria receber desta outra seguradora repetiu as mesmas
macacadas, colocando o dedo polegar da mão esquerda na hélice do seu jeep. Resultado.
Foi preciso o médico amputar o seu braço completo, porque havia dado o tétano.
E o seguro negou lhe o pagamento. Entrou na justiça, mas foi negado o direito, porque
a outra empresa comunicara à justiça que já havia pagado a indenização do dedo
polegar direito.
Os
peritos da empresa descobriram que ele havia premeditado o acidente.
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Autor:
José Mendes Pereira
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