Por José Mendes Pereira
Aluísio Alves,
se fosse vivo amanhã completaria 90 anos. Nasceu em Angicos, Rio
Grande do Norte, no dia 11 de Agosto de 1921. Foi jornalista,
advogado e um dos maiores políticos do Rio Grande do Norte, foi governador
entre 1961 e 1966, sendo depois cassado pelo AI-5, em 1969.
Filho de
Manuel Alves Filho e Maria Fernanda Alves, é Bacharel em Ciências Jurídicas e
Sociais, pela Faculdade de Direito de Maceió, com especialização em Serviço
Social. Após a graduação voltou-se para as atividades jornalísticas: primeiro
como funcionário dos jornais "A Razão" e "A República". Em
1949 foi redator-chefe do jornal "Tribuna da Imprensa", no Rio
de Janeiro, que pertencia a Carlos Lacerda.
Carlos Lacerda
No ano
seguinte, Aluísio Alves fundou o seu próprio
jornal, "Tribuna do Norte. Foi proprietário e diretor da "Rádio
Cabugi", da "TV Cabugi" e da "Rádio Difusora de
Mossoró", esta havia comprado a um grupo de sócios, sendo: Paulo
Gutemberg, Renato Costa, Milton Monte, José Genildo Miranda e outros.
Antes foi Oficial de Gabinete da Interventoria potiguar chefe do Serviço Estadual de Reeducação e Assistência Social (SERAS) e diretor estadual da Legião Brasileira de Assistência.
Antes foi Oficial de Gabinete da Interventoria potiguar chefe do Serviço Estadual de Reeducação e Assistência Social (SERAS) e diretor estadual da Legião Brasileira de Assistência.
Dinarte Mariz -ex-governador do Rio Grande do Norte
Sua vocação
política às atividades profissionais que desenvolveu e sua estreia na
vida pública se deu sob os auspícios de Dinarte Mariz, então
líder-mor da UDN no Estado, e assim Aluísio Alves foi eleito deputado federal
em 1945, participando dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte que
promulgaria a nova Constituição em 18 de Setembro de 1946. Reeleito em 1950,
1954 e 1958, chegou aos postos de secretário-geral da UDN e de vice-líder da
bancada. Mas logo Aluísio Alves rompeu com seu antigo aliado onde o governador
recém-eleito ignorou uma série de ações de governo que foram reunidas por
Aluísio Alves, num extenso documento. A partir daí, Aluísio rompeu
politicamente com seu mentor e ingressou no PSD, sendo eleito governador em
1960 para o desgosto de Dinarte Mariz.
A animosidade entre os dois líderes tornou-se cada dia mais férrea e com o advento do Regime Militar de 1964, foi Mariz quem retomou o comando da cena política, o que não impediu, contudo, o ingresso de Aluísio Alves na Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e a conquista de seu quinto mandato de deputado federal em 1966, após ter sua candidatura a senador vetada por Mariz. No ano anterior Aluísio Alves derrotara o grupo de Dinarte Mariz ao eleger o monsenhor Walfredo Gurgel para governador.
A animosidade entre os dois líderes tornou-se cada dia mais férrea e com o advento do Regime Militar de 1964, foi Mariz quem retomou o comando da cena política, o que não impediu, contudo, o ingresso de Aluísio Alves na Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e a conquista de seu quinto mandato de deputado federal em 1966, após ter sua candidatura a senador vetada por Mariz. No ano anterior Aluísio Alves derrotara o grupo de Dinarte Mariz ao eleger o monsenhor Walfredo Gurgel para governador.
Monsenhor Walfredo Gurgel - ex-governador do Rio Grande do Norte
Em 7 de
Fevereiro de 1969, Aluísio Alves recebeu a notícia que seus direitos políticos
haviam sido suspenso, pelo AI-5 sob a acusação de corrupção, sendo indiciado em
um processo que só foi arquivado em Fevereiro de 1973.
Mesmo sem poder atuar diretamente na vida pública, fez uso de sua experiência política e se manteve influente ao levar o seu grupo político para o MDB em 1970, sem mencionar que sua condição de empresário permitiu que mantivesse boas relações com os arenistas, à exceção de Dinarte Mariz.
Mesmo sem poder atuar diretamente na vida pública, fez uso de sua experiência política e se manteve influente ao levar o seu grupo político para o MDB em 1970, sem mencionar que sua condição de empresário permitiu que mantivesse boas relações com os arenistas, à exceção de Dinarte Mariz.
José Agripino Maia - ex-governador do Rio Grande do Norte
Executivo da União das Empresas
Brasileiras, logo expandiu suas atividades para além da área de comunicação, e
tão logo foi restaurado o pluripartidarismo, ingressou no PP e a seguir, no
PMDB, sendo derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte em 1982
por José Agripino Maia do PDS.
Tancredo de Almeida Neves- ex-presidente do Brasil
Com a
candidatura de Tancredo Neves à Presidência
da República, foi indicado Ministro da Administração pelo presidente eleito,
sendo confirmado no cargo por:
José Sarney - ex-presidente do Brasil
José Sarney e
permaneceu à frente desse ministério entre 15 de Março de 1985 e 15 de
Fevereiro de 1989. Foi durante a sua gestão que foi criada a Escola Nacional de
Administração Pública (ENAP).
Itamar Franco - ex-presidente do Brasil
Em 1990 foi
eleito para o seu sexto mandato de deputado federal, cargo do qual esteve
licenciado durante o governo Itamar Franco,
quando foi Ministro da Integração Regional entre 8 de Abril de 1994 e 1º de
janeiro de 1995.
Aluísio Alves faleceu em Natal, vítima de isquemia cerebral. Aluísio era pai do deputado federal Henrique Eduardo Alves e de Ana Catarina, também política do Rio Grande do Norte.
Nenhum político do Rio Grande do Norte foi tão admirado quanto Aluísio Alves. No período em que foi candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Norte, foi carinhosamente apelidado de Cigano Feiticeiro, pelas suas insistências para ganhar votos. Os seus eleitores eram chamados de papagaios, devido a cor da sua bandeira, "Verde", simbolizando "Esperança".
No final de cada campanha, Aluísio fazia uma espécie de "Vigília", sobre palanques, passando três dias com três noites nas ruas de Mossoró, cuja, era uma das suas maiores preocupações, o voto do eleitorado desta cidade.
Também tinha o chamado "Trem da Esperança", quando se deslocava com o seu eleitorado de Caraúbas no trem da Ferrovia, passando por Governador Dix-Sept Rosado, e chegando à cidade de Mossoró, alertando ao eleitor todo prejuízo sobre uma possível vitória do seu adversário.
Em 1994, foi feito o maior assalto do Rio Grande do Norte, e Aluísio sabendo que o governador José Agripino já sabia quem teria feito o roubo, fez uma frase que ficou na história. Palavras de Aluísio Alves dirigidas a José Agripino Maia: "Eu sei que ele sabe, que eu sei que ele sabe, quem roubou os 94 milhões da emergência".
Aluísio Alves faleceu em Natal, vítima de isquemia cerebral. Aluísio era pai do deputado federal Henrique Eduardo Alves e de Ana Catarina, também política do Rio Grande do Norte.
Nenhum político do Rio Grande do Norte foi tão admirado quanto Aluísio Alves. No período em que foi candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Norte, foi carinhosamente apelidado de Cigano Feiticeiro, pelas suas insistências para ganhar votos. Os seus eleitores eram chamados de papagaios, devido a cor da sua bandeira, "Verde", simbolizando "Esperança".
No final de cada campanha, Aluísio fazia uma espécie de "Vigília", sobre palanques, passando três dias com três noites nas ruas de Mossoró, cuja, era uma das suas maiores preocupações, o voto do eleitorado desta cidade.
Também tinha o chamado "Trem da Esperança", quando se deslocava com o seu eleitorado de Caraúbas no trem da Ferrovia, passando por Governador Dix-Sept Rosado, e chegando à cidade de Mossoró, alertando ao eleitor todo prejuízo sobre uma possível vitória do seu adversário.
Em 1994, foi feito o maior assalto do Rio Grande do Norte, e Aluísio sabendo que o governador José Agripino já sabia quem teria feito o roubo, fez uma frase que ficou na história. Palavras de Aluísio Alves dirigidas a José Agripino Maia: "Eu sei que ele sabe, que eu sei que ele sabe, quem roubou os 94 milhões da emergência".
Fonte de pesquisa: Wíkipédia
Minhas Simples Histórias
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