sexta-feira, 30 de maio de 2014
Seu Raimundo Januário era comerciante no Mercado Público Central de Mossoró
Por José Mendes Pereira
Não
tenho muito que falar sobre seu Raimundo Januário, isto é, se era
mossoroense, ou se chegara aqui e aqui ficou, mas o conheci muito, e sei que
durante muitos anos foi comerciante no Mercado Público Central de Mossoró,
vendendo cereais, enlatados e outras mercadorias. Era esposo da capacitada
professora "Laís", que era professora na "Casa de Menores Mário
Negócio".
Seu
Raimundo Januário tinha uma cor clara, de estatura média, meio grosso, mas não tanto, e nesse período, suponho que ele já passava dos 50 anos. Residia no centro da cidade, à Rua Melo Franco, em frente à
"Estação Ferroviária de Mossoró" que nos dias de hoje, funciona a
"Estação das Artes Eliseu Ventania".
www.mossoroemfoco.com
Seu
Raimundo Januário era um dos que fornecia mercadorias à "Casa de Menores
Mário Negócio" mantida pelo o Governo Estadual com parceria do Governo Federal, administrada
pelo -"SAM - Serviço de Assistência ao Menor", hoje é a
"FEBEM".
Lembro-me
que quando a vice-diretora me incumbia para fazer algumas comprinhas de
mercadorias na sua mercearia, geralmente ele me perguntava: "- E como anda
com as princesinhas?"
Princesinhas
que ele se referia eram as mocinhas novinhas, porque eu ainda estava com pouco mais de 16 anos. Mas eu o respondia que os seus pais eram bravos.
http://telescope.blog.uol.com.br
Ele
sorria e me dizia que, no seu tempo, para se namorar, era muito difícil,
porque as mães não arredavam os pés um só instante das filhas quando elas estavam com namorados. Ficavam ali
grudadas ao casal. Não rolavam beijos, só uma pegadinha de mãos e mais nada. E
ai daquele que tentasse dar um abraço na namorada! O jovem já era considerado
um canalha, e o pai da donzela já o rejeitava como futuro genro. E alguns deles chegaram até ser expulsos da casa da namorada.
Seu
Raimundo Januário era uma excelente pessoa, gostava de prosear, de contar
histórias sobre mocinhas novas no seu tempo, mas que nunca se aproveitou de
nenhuma. Mantinha o respeito para não passar por gaiato, ou elemento
desprestigiado pelos pais das suas namoradas. A
sua esposa, dona Laís, que ainda está viva, também é uma grande figura humana.
Apenas quero registrar neste blog a passagem do comerciante Raimundo Januário em nosso planeta, já que o conheci na batalha pela vida. Mas ele não era desarranjado. Apesar da simplicidade que lhe acompanhava, era dono de muitos panos para as mangas.
Apenas quero registrar neste blog a passagem do comerciante Raimundo Januário em nosso planeta, já que o conheci na batalha pela vida. Mas ele não era desarranjado. Apesar da simplicidade que lhe acompanhava, era dono de muitos panos para as mangas.
Minhas simples histórias
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quinta-feira, 29 de maio de 2014
Os blogs administrados por José Mendes Pereira irão parar as suas postagens
Por José
Mendes Pereira
Amigos
leitores e colaboradores destes blogs:
http://sednemmendes.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
http://mendespereira.blogspot.com
Como todos nós
às vezes precisamos de alguns reparos no que se refere à saúde, infelizmente,
tenho que me afastar uns dias dos nossos trabalhos, pois sábado (31 deste),
irei fazer uma cirurgia em um dos olhos. Lamento muito ter que me
distanciar uns dias dos amigos, mas não há outro jeito. O problema é que
eu terei que evitar luz, principalmente de tela de computadores. Até
amanhã à noite eu ainda estarei aqui com os amigos.
Muito
obrigado!
José Mendes
Pereira
Mossoró, terra
de Santa Luzia
Rio Grande do
Norte
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quarta-feira, 28 de maio de 2014
Professora Sergina Leão
Por José Mendes Pereira
Durante o período em que frequentei
escolas, como aluno, eu tive vários tipos de professores com personalidades
diferentes uns dos outros como: alguns amigos dos alunos, outros nem valorizam
a sua classe, no sentido de ter uma melhor aproximação com as turmas, outros um
tanto quanto rígidos, ignorantes, e cobravam até o que pouco havia explorado em
sala de aula, outros com sorrisos francos, mas que na verdade eram uns verdadeiros
inimigos dos alunos. Mesmo com suas manias presentes, todos eram bons
professores, com bagagens para todos os níveis escolares, muito embora alguns tinham as suas dificuldades, talvez por não terem as assistências necessárias para explanar uma melhor aula aos seus discípulos.
Dr. José
Araújo, ex-diretor da "União Caixeiral, Aluízio Alves, ex-governador do Rio Grande do Norte, Maysa Almeida Costa, Elza Senna, Irmã Socorro, Sueli
Freire e a professora Sergina Leão. 1966 - http://www.azougue.org/conteudo/dobumba235.htm
Mas como a professora Sergina Leão que lecionava geografia na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral", desconheço alguém, que na mesma época, tinha uma bagagem de conhecimentos sobre a matéria que ensinava. Sergina Leão dominava a matéria como ninguém, e usava seus planos de aulas apenas para mostrar que era organizada. Mas, no momento que ela iniciava escrever na lousa o conteúdo, não necessitava deles. Após o conteúdo escrito na lousa, ela iniciava a explicação, que muitas vezes, alunos de outras classes, ficavam por fora das janelas, ouvindo as suas explanações sobre o conteúdo.
Escola
Técnica de Comercio União Caixeiral - blogdetelescope.blogspot.com
Sergina Leão era irmã de um dos melhores médicos cardiologistas de Mossoró, Doutor José Leão, e do empresário Pedro Leão, sendo que este último, o leitor já tem lido neste mesmo blog as suas façanhas como: "Seu Pedro Leão e o alicate", e ainda: "Seu Pedro Leão e as tampas de garrafas". ambas escritas por mim. Clique nos links abaixo:
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2013/01/seu-pedro-leao-e-o-alicate.html http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2013/02/pedro-leao.html
Sergina Leão foi uma professora que nunca deu mole aos alunos. Sempre mantinha a rigidez de cobrar na prova tudo que ela havia passado em sala de aula. De forma alguma, não perdoava, se por ventura, visse algum aluno tentando se beneficiar com colas. De imediato, o aluno colador, tinha que se retirar da sala de aula, e aguardar uma nova oportunidade, e desta vez, faria a prova sozinho, observado por ela. Dona Sergina não admitia que secretárias da escola observassem alunos no momento da sua prova, ou posteriormente. Quem aplicava seus testes e provas aos seus alunos, nada mais do que ela.
http://marylins.eev.com.br
Certa feita,
quando eu era seu aluno. Ela passou um trabalho para minha turma, mas este era
individualmente, isto é, cada aluno teria que fazer o seu, e em aulas
seguintes, cada um era obrigado apresentar o que aprendera para toda a turma. E
como neste período eu havia saído do orfanato que eu morava, e estava passando
por grandes dificuldades financeiras, morando sozinho no Sindicato da Lavoura
em Mossoró, e tentando me adaptar a nova vida que ganhara, e não estava com
condições de apresentar o trabalho, tentei enganá-la, dizendo-lhe que eu estava
cirurgiado e não tinha condições para fazer a apresentação na lousa. Ela
aceitou as minhas desculpas, mas na seguinte condição: Eu teria que fazer a
prova oral, já que na lousa eu não tinha condições de escrever, e depois
explanar o conteúdo.
Enganei-me por
completo. Eu esperava que as perguntas fossem fáceis. Dona Sergina Leão fez perguntas
tão difíceis e não atingi a média. Fui reprovado direto. Malvada! Mas a
professora Sergina Leão foi uma grande professora de Mossoró.
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segunda-feira, 26 de maio de 2014
O Restaurante "Umuarama"
Por José Mendes Pereira
No final da década de 60 do século XX, estendendo até o início da década de 70, um dos restaurantes que mais brilhou em Mossoró foi o "Restaurante Umuarama", de propriedade do senhor Cristóvão Frota, um dos empresários de Mossoró. O Restaurante "Umuarama" funcionava no centro da cidade, em uma das esquinas da Rua Coronel Vicente Saboia, com o cruzamento da Rua Alfredo Fernandes.
Casamento de Noguchi Rosado/Neide - Amélia, Cristóvão Frota, a garotinha Roberta Cláudia, Padre Huberto Brueing - 17/12/1970 - http://www.azougue.org/conteudo/dobumba34.htm
Lá era onde estava a "nata" mossoroense, e o sujeito poderia encontrar bebendo, almoçando, uma boa parte dos ricaços da cidade como: Jorge Pinto, proprietário do Cine Pax, José Morais, da Casa Morais, Vilmar Pereira - representante da VASP, Renato Costa - proprietário da Rádio Difusora de Mossoró, Paulo Gutemberg de Noronha Costa - proprietário dos cinemas: Caiçara, Jandaia e Miramar de Areia Branca, José Genildo de Miranda - diretor artístico da Rádio Difusora, Hugo Pinto - proprietário da Casa Pinto, Antonio Simão - proprietário da Super Loja Mossoró, Paulo Costa - proprietário da "Loja Comodoro" e outros tantos, além dos políticos e autoridades mossoroenses que frequentavam o restaurante.
Restaurante
Umuarama - 1966 - http://www.azougue.org/conteudo/dobumba34.htm
Este restaurante durou por muitos anos, só deixando de funcionar no final dos anos 70, quando o proprietário Cristóvão Frota resolveu mudar de ramo, e juntamente com o seu filho, o engenheiro Cristóvão Frota Júnior, criaram a empresa "Sequip" e passaram a prestar serviços à Petrobras.
O Restaurante "Umuarama" foi um dos maiores restaurantes de Mossoró, e muito colaborou com o desenvolvimento da cidade, dando empregos para garçons, garçonetes, e outros mais...
Quem viveu estas décadas em Mossoró sabe muito bem aonde o "Restaurante Umuarama" funcionava, e que o movimento de pessoas importantes no ambiente era diariamente, entendendo-se até altas horas da noite.
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O professor João Maleável prepara-se para passar férias na Escócia
Por José
Mendes Pereira
Que férias
hein João Maleável?! Tanta gente louca para passar umas férias pelo menos fora
do seu Estado e não pode. E você agora está arrumando as malas para ir conhecer
um outro país, hein! A Escócia!
Por último ele
estava arrumando as suas malas para viajar. Sim Senhor! Adquiriu um passeio dos
bons, através do Padre José do Vale. (Esse Padre ajudou muito a jovens que
pretendiam fazer cursos em outras universidades fora do Brasil.
www.panoramio.com
Ele era
vigário da Igreja do São João Batista e que infelizmente o ano de dois
mil e oito, a morte interrompeu os seus planos e trabalhos aqui na terra. Ele
fazia parte de um órgão não governamental, e que fez muito pelos jovens de
Mossoró, levando-os às universidades de outros países).
Padre
José do Vale, José do Patrocínio Neto - 1970
Vamos voltar
ao João Maleável?
Antes de ser
professor tinha trabalhado cinco anos na igreja do São João Batista, prestando
serviços na função de carpinteiro, e por último, ganhara um presentão
desses.
E tudo já
estava prontinho, passagem reservada, passaporte, dinheiro na conta e outros.
No momento em que reservou a passagem, exigiu logo: "Quero poltrona ao
lado da janela, para eu ver o globo terrestre lá de cima".
A Magali sua esposa, ficaria em casa com as crianças, enquanto o João Maleável se
divertia na Escócia.
Há anos que um
dos seus grandes amigos o Antônio Jerônimo residia por lá, e tinha ido ainda
jovem em companhia do pai, que fora transferido da empresa em que trabalhava
para prestar serviços na Escócia, a uma multinacional, e com ele embarcou toda
família.
E logo o nosso
professor enviou carta ao grande amigo, comunicando-lhe que pretendia passar as
suas férias na Escócia, e se possível ele arranjasse uma boa casa, alugasse-a
que acertaria depois, pois já estava com o passaporte em mãos e passagem
comprada. “- Envie-me fotos de toda residência. - Exigiu ele através da
carta”.
Não demorou. A resposta chegou às suas mãos acompanhada de fotos e de toda
residência, sala, cozinha, quarto, área de serviços, mais os outros cômodos, a
fachada da frente, as plantas frutíferas...
Assim que
ele olhou as fotos, notou que não tinha chegado as do banheiro sanitário, e às
pressas enviou um telegrama para o amigo, comunicando-lhe que tinha interesses
de saber aonde ficava localizado o WC da casa alugada, já que a carta não
detalhava o local do banheiro.
No Brasil é
claro, todos nós sabemos que WC significa banheiro sanitário, ou simplesmente
banheiro. Mas na Escócia significa capela.
Dias depois,
chegou a resposta escrita à mão.
Caro amigo
João Maleável:
O WC
fica distante da cidade seis quilômetros, e todos daqui só o frequentam aos
domingos, feriados e dias santos. A população
caminha em mutirão para lá, e a estrada que nos leva até ele, fica aparentando
formigueiros e causando admirações com os movimentos dos carros e das pessoas,
uns indo e outros voltando.
Na entrada cada pessoa recebe um papel, mas depois de usá-lo é obrigatória a devolução
para servir em outros eventos. No momento do evento, uma jovem mocinha, entra,
e em sua mãe, conduz um baldinho, e nele, surge uma fumaça cheirosa, a qual
fica esfumaçando o local. As crianças tiram fotos de todas as
posições. Os jovens animam o evento, e os idosos são bem acolhidos no
meio da juventude, os quais se responsabilizam pelas palavras amém!, para
enfatizarem a ação.
Sem mais nada
para o momento.
Antonio Jerônimo.
Assim que ele leu
a carta, desistiu por total, e respondeu às pressas ao grande amigo.
Amigo Antônio Jerônimo:
Tenho o prazer de lhe agradecer pela a consideração e a atenção, as quais você me prestou por ter feito esforços em querer me acolher perto da sua casa, mas por outro lado, depois dessa sua informação, tenho o desprazer de lhe dizer que a Escócia jamais me verá, e como você sabe muito bem, aqui, não só em Mossoró, mas em todo o Brasil, nós ainda não viciamos os nossos intestinos a passarem muitos e muitos dias maltratados. Continuamos com aquela velha moda de sempre, ocultamo-nos na hora das nossas necessidades fisiológicas, e as fazemos mais ou menos num espaço de vinte e quatro horas, e entre quatro paredes. Pois bem, se a sua Escócia está na era do modernismo e do desenvolvimento, provavelmente já chegou ao século vinte e dois, e nós daqui de Mossoró e do Brasil, ainda estamos vivendo o século vinte e um. Por isso continuamos atrasadíssimos, e até hoje nós não conseguimos adquirir o hábito de fazermos as nossas necessidades fisiológicas diante de todo mundo, e também não aceitamos que sejam feitas fotos na hora do ato.
Confiando em
sua boa compreensão, sem mais, antecipando os meus sinceros
agradecimentos.
Sinceramente, João Maleável.
Sinceramente, João Maleável.
Water Closet - em inglês significa banheiro. Mas como o brasileiro tem mania de usar estrangeirismo nas suas escritas, apenas usa WC para significar banheiro.
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domingo, 25 de maio de 2014
sábado, 24 de maio de 2014
Café. O ouro negro em grãos
Por José Mendes Pereira
Nas décadas de
50 e 60, e estendendo-se até o início da década de 70, café era considerado o
"ouro negro em grãos", devido o seu alto custo, talvez pela redução
da colheita. Como o preço era altíssimo, muitos proprietários de caminhões
enganavam o governo trazendo o produto para o Nordeste sem o pagamento dos
impostos, a chamada venda contrabanda.
Na década de
60, mais ou menos no início desta, o meu pai ainda morava em terras alheias, mas
não era vaqueiro do fazendeiro, apenas plantava, criava seus
animais sem nenhum compromisso com o proprietário. Naquela época transportar café
sem o pagamento de impostos, para muitos era um bom negócio, e assim traziam café pelas rotas que não passavam pelas alfândegas.
Um senhor que não tinha nenhum vínculo com a propriedade, mesmo assim ludibriou o fazendeiro para guardar feijão, milho, arroz, farinha... em um dos seus armazéns, lugar onde era batida as palhas das carnaubeiras para a extração do pó, e neste período, o armazém estava vazio, ainda não havia iniciado o corte de palhas das carnaubeiras.
agricultura.ruralbr.com.br
Um senhor que não tinha nenhum vínculo com a propriedade, mesmo assim ludibriou o fazendeiro para guardar feijão, milho, arroz, farinha... em um dos seus armazéns, lugar onde era batida as palhas das carnaubeiras para a extração do pó, e neste período, o armazém estava vazio, ainda não havia iniciado o corte de palhas das carnaubeiras.
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Ciente de que
seria mesmo legumes o proprietário aceitou a solicitação, enviando ao meu pai a autorização da entrega da chave do armazém ao homem, para que ele armazenasse seus legumes. Mas o certo é que o
homem não guardava legumes, e sim, trazia café contrabandeado, e o guardava no
armazém, que geralmente chegava altas horas da noite, com o seu caminhão
carregado com o produto ilegal, acompanhado de alguns ajudantes para a descarga.
Assim que o
meu pai descobriu que não se tratava de feijão, milho..., e sim de sacas e mais
sacas de café, não gostando daquela arrumação, e não querendo contar ao proprietário o que o homem estava escondendo em seu armazém, e temendo ser preso por estar
escondendo a mercadoria ilegal, apavorou-se, resolveu sair da propriedade. Alguns vizinhos até o alertaram que ele estava correndo o risco de ser chamado
à justiça, para prestar depoimento de quem era aquele produto.
O meu pai
estava preocupado, e de imediato conversou com minha mãe, sobre uma possível compra de uma propriedade, só assim se livraria daquilo que o incomodava no momento, já que ele não era homem de se aproveitar do que não era dele. E de imediato, dirigiu-se a minha mãe dizendo-lhe:
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
- Dona Antonia
(como o meu a chamava), não podemos mais viver aqui. Descobri que o homem não está guardando no armazém cereais, e sim café. E eu não vou ficar escondendo roubos de ninguém. A solução será nós procurarmos outra propriedade para morarmos, ou desfazermos dos nossos animais para comprarmos nem que seja uma linguinha de terra.
Se o meu pai estava preocupado, igualmente minha mãe, que muito o incentivou a negociação da terra dizendo-lhe:
Se o meu pai estava preocupado, igualmente minha mãe, que muito o incentivou a negociação da terra dizendo-lhe:
- Pedro, nós
precisamos sair daqui o quanto antes. Não é justo que você venha pagar um preço
caro por ilegalidade dos outros.
O meu pai
respondeu-lhe que concordava. E a partir daí, ficou desesperado.
Precisava sair o quanto antes dali. Nunca fora preso, nunca fora chamado em
posta de delegacias, e agora estava sujeito a visitar um delegado, uma
casa que prende...
Manoel Duarte - irmão de Lili Duarte
Mas para tudo
há um jeito. Por sorte, Luiz Duarte, irmão de Manoel Duarte, o matador do
cangaceiro Colchete, tinha duas propriedades. A primeira herdada quando a sua mãe Inácia Vicência Duarte falecera.
E a segunda recebera de herança do seu pai Francisco Duarte Ferreira, um dos maiores latifundiários de terras ao lado leste da cidade de Mossoró. E como o Lili Duarte não precisava de duas terras na mesma localidade (Barrinha), ele resolveu por uma delas à venda.
Inácia Vicência Duarte
E a segunda recebera de herança do seu pai Francisco Duarte Ferreira, um dos maiores latifundiários de terras ao lado leste da cidade de Mossoró. E como o Lili Duarte não precisava de duas terras na mesma localidade (Barrinha), ele resolveu por uma delas à venda.
Francisco Duarte - o fazendeiro Chico Duarte
Assim que o
meu pai tomou conhecimento da futura venda da propriedade, abalou-se até
Mossoró para saber o preço, e posteriormente venderia os seus estimados e bem
zelados animais para a compra. Negociado a terra, meu pai vendeu todo
gado, e um monte de cabras e bodes, só no intuito de sair o mais rápido possível daquele
armadilha.
O certo é que ele conseguiu comprar 1 légua de terra na década de 60. No dia 10 de Maio de 2011 o meu pai despediu-se do nosso planeta, e a pequena propriedade que deixou, ainda continua em nosso poder, sem que nenhum de nós tenha pensado vendê-la.
O certo é que ele conseguiu comprar 1 légua de terra na década de 60. No dia 10 de Maio de 2011 o meu pai despediu-se do nosso planeta, e a pequena propriedade que deixou, ainda continua em nosso poder, sem que nenhum de nós tenha pensado vendê-la.
Minhas
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sexta-feira, 23 de maio de 2014
Meu aniversário
Como todo ser
humano aniversaria eu não sou diferente. Estou completando mais um ano vivido.
Alguns reclamam da vida. Outros dizem que é melhor morrer novo do que velho.
Outros querem viver, viver mais e mais. Eu sou um desses que quer viver. Viver
é bom, mesmo com dificuldade, com decepções, odiado por uns e amado por
outros.
Agradeço ao
grande Deus por aceitar que eu ainda continuo sobre o solo do seu planeta. O
Michael Jackson, o Elvis Presley, John Lennon, e outros famosos não chegaram a
minha idade. Tenho é que agradecer a Deus por aceitar que eu continuo
ocupando um lugar no espaço.
23 de Maio de
2007, era o dia do meu aniversário, e às 4:00 horas da manhã, acordei quando
alguém me chamava e me comunicou que meu segundo irmão Francisco Mendes Pereira
(Chico Mendes), havia falecido em um Posto de Saúde.
Elizabeth
minha irmã, já falecida, Toinha minha cunhada e Chico Mendes meu irmão, falecido
no dia do meu aniversário de 2007.
Sentiu-se mal,
foi ao "PAM" andando, e meia hora depois veio a óbito. Não deu tempo
para ser socorrido pelo Samu, que já estava a caminho do "PAM" para
levá-lo até ao Hospital Regional Tarcísio Maia. A
causa: Insuficiência respiratória.
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quarta-feira, 21 de maio de 2014
Raimundo Sacristão
Por: José Mendes Pereira
Durante muitos anos Mossoró acolheu Raimundo Sacristão, um velho e competente ajudante de missas que eram realizadas na Matriz de Santa Luzia em Mossoró, todas, celebradas pelo Monsenhor Huberto
Bruening, que durante 48 anos foi sacerdote em Mossoró, nascido em 30 de Março
de 1914, em São Ludgero, Santa Catarina, com
descendência alemã, e faleceu em 29 de Agosto de 1995.
Raimundo
Sacristão, primeiro à esquerda, Sila, Titico Maia, Padre Huberto, Bibiu Gurgel e Daniela Maia http://www.azougue.org/conteudo/dobumba192.htm
Nesta foto acima o Raimundo Sacristão aparece ao lado esquerdo do casal Sila e Titico Maia, ajudando ao batismo realizado pelo Monsenhor Huberto Bruening, e possivelmente os padrinhos de batismo são Bibiu Gurgel e sua esposa Daniela Naia, que eram proprietários da casa bancária S. Gurgel em Mossoró.
Raimundo Sacristão nome recebido pela população de Mossoró, e também pela sua vocação religiosa (católica), morava no centro da cidade à Rua 13 de Maio. Era solteiro, de estatura média, moreno, calvo e vivia sobre os cuidados da mãe.
Costumeiramente, no mês de Maio de cada ano, realizava em frente à sua casa 9 noites de novenas, todas assistidas pela população de Mossoró.
Raimundo Sacristão foi um dos mais competentes e conhecidos no que se refere à sacristia. Cumpriu sua vocação religiosa, zelando sempre pela Matriz de Santa Luzia em nossa querida Mossoró.
Raimundo Sacristão nome recebido pela população de Mossoró, e também pela sua vocação religiosa (católica), morava no centro da cidade à Rua 13 de Maio. Era solteiro, de estatura média, moreno, calvo e vivia sobre os cuidados da mãe.
Costumeiramente, no mês de Maio de cada ano, realizava em frente à sua casa 9 noites de novenas, todas assistidas pela população de Mossoró.
Raimundo Sacristão foi um dos mais competentes e conhecidos no que se refere à sacristia. Cumpriu sua vocação religiosa, zelando sempre pela Matriz de Santa Luzia em nossa querida Mossoró.
Matriz de Santa Luzia em Mossoró - freiosmardasilva.blogspot.com
Não tenho maiores informações sobre o Raimundo Sacristão, data de nascimento e da sua morte, apenas quero registrar neste blog a sua passagem pela terra, e principalmente por Mossoró, cidade que o amparou por toda sua vida, pelas suas prestações de serviços ao mundo religioso.
Minhas
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sábado, 17 de maio de 2014
MUSEU DO SERTÃO
Por José Mendes Pereira
Proprietário do Museu - Professor Benedito Mendes Vasconcelos
Terça-feira, desta semana, fui convidado pelo pesquisador do cangaço, Professor Pereira, lá da cidade de Cajazeiras, no Estado da Paraíba, para marcar presença, ontem (16) às 4:00hs da tarde, no "Museu do Sertão", criado pelo professor Benedito Mendes Vasconcelos.
Professor Pereira e sua esposa dona Fátima
jaldesmar-costa.blogspot.com
Mesmo sendo mossoroense eu apenas ouvia falar sobre este "Museu Histórico" (particular), e algumas vezes, fui convidado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueana, o Kydelmir Dantas, mas nunca eu estava pronto para tal visita.
Cheguei lá um pouquinho antes da chegada do Professor Pereira e sua esposa, ambos chegaram acompanhados do proprietário do "Museu" Professor Benedito Mendes Vasconcelos.
Museu do Sertão conta a história do homem no semiárido com seus instrumentos de trabalho - desimbloglio.blogspot.com
oestenews-cultura.blogspot.com
O Museu fica localizado distante da cidade de Mossoró 5km, na estrada que segue para Alagoinha, município de Mossoró, e em companhia do Professor Pereira, sua esposa dona Fátima, meu cunhado Manoel Pereira (Nezinho), mais o proprietário professor Benedito Vasconcelos passamos o resto da tarde percorrendo os grandes galpões, os quais guardam as peças históricas adquiridas com os recursos próprios do fundador. E veja que outros galpões, nós não os visitamos, por falta de tempo.
professor-alanmartins.blogspot.com
noticiasdevenhavereregiao.blogspot.com
Você que sempre visita esta cidade, um dia, procura conhecer o "Museu do Sertão" do professor Benedito Mendes Vasconcelos, que com certeza, você verá peças antigas que nunca seus olhos viram em lugar nenhum.
genildomiranda.blogspot.com
desimbloglio.blogspot.com
Tem peças que foram usadas pelos índios da região, como urupemas, esteiras, flechas, enormes parafusos feitos de madeira, máquinas gráficas, fósseis de animais, carroças antigas, alambiques, peças que fabricavam rapadura, bulandeiras, máquinas de costura secular, balanças, máquinas de escrever (antigas), ancoretas, roladeiras (que segundo o professor Benedito de Vasconcelos, uma criação mossoroense), serrotes com dois cabos, prensas, enormes tachos para a fabricação de queijo, canoas construídas pelos índios... Seus olhos irão ver o que ainda não viram.
professor-alanmartins.blogspot.com
icapuidetradicoes.blogspot.com
Você que nasceu em Mossoró também precisa visitar este enorme e valioso acervo para a cultura. O acervo ocupa uma área de 14 hectares de terra.
www.caldeiraodochico.com.br
www.ricardobanana.com
Você será bem recebido, e o professor Benedito Vasconcelos lhe acompanhará durante toda visita ao Museu, explicando a finalidade de cada peça, e pense numa pessoa popular.
desimbloglio.blogspot.com
www.matraqueando.com.br
O "Museu do Sertão" também tem enormes estátuas das nossas personalidades: O Beato Lourenço, Padre Cícero, Patativa do Assaré, Zumbi dos Palmares, Frei Damião, Lampião e outras e outras personalidades do nosso Nordeste Brasileiro. O Museu é fantástico.
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Ao visitá-lo, você não se arrependerá de jeito nenhum. Ao contrário. Voltará outras vezes e será acompanhado de amigos e amigas.
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