Por José Mendes Pereira
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É muito difícil aparecer uma pessoa que possa garantir que nunca foi decepcionada na vida por alguém, ou por onde passou. Geralmente, os que tentam nos decepcionar, são pessoas que caíram ou estão prestes a caírem na fossa, por estarem passando por coisas ruins, ou difíceis na vida. E para elas, o melhor será tentar descontar em cima de outra pessoa, que não tenha nada a ver com os seus problemas, seus sofrimentos, suas rixas contra alguém por uma razão qualquer, ou mesmo pela própria maldade. Quando a pessoa é vítima de decepções, claro que suporta por um ato de respeito, confiante em Deus, ou então, aquela decepção não atingiu os seus neurônios, fazendo com que aquilo passe rápido, sem que seja preciso praticar uma agressão verbalmente, ou até mesmo fisicamente. Mas o bom mesmo é não guardar rancor, deixa pra lá que Deus resolverá.
Nos anos 60 eu ainda era aluno interno da Casa de Menores Mário Negócio, e havia concluído o primário. No ano seguinte, eu tentei ingressar no ginásio, isto é no primeiro grau de ensino (nos dias de hoje), período em que Mossoró ainda não dispunha de escolas suficientes de 1º e 2º graus para todos os estudantes.
E para que o aluno tivesse direito a uma vaga ao ginásio era necessário fazer o chamado "Exame de Admissão", como se fosse um ensaio para um futuro vestibular. Confiante que era e continua sendo uma enorme escola, e de bom conceito também, devido ao grande número de vagas que ela oferecia aos estudantes concorrentes, fiz o meu "Exame de admissão" no Instituto de Educação de Mossoró.
Apesar do nome e renome que esta instituição de ensino tinha, tem, e sempre terá, porque vale a pena estudar nela, não fui feliz no dia em que foi dado o resultado aos concorrentes do "Exame de Admissão", porque fui decepcionado por um dos manda-chuva de lá, repreendendo-me fortemente e xingado por ele, enquanto me tangia para fora do auditório da instituição, como se eu fosse um animal que havia invadido aquela repartição escolar.
O religioso acusava-me de baderna dentro do auditório. Baderna esta que não estava sendo praticada por mim, e sim por um aluno que sentara ao meu lado, e que na verdade, eu nem o conhecia; e de momento a momento, enquanto o religioso lia os nomes dos alunos aprovados no "Exame de Admissão", o estudante levava até à boca um objeto, e zoava fortemente, como se fosse um irritante apito qualquer.
Lá do palco, no auditório, o ignorante religioso gritava para que o aluno deixasse aquela baderna. E como não foi atendido, ele desceu do palco e dirigiu-se ao local em que estava sentado o aluno que badernava com o irritante objeto. Mas em vez dele enxergar o aluno que tentava lhe tirar a paciência, acho que ao descer do palco, perdeu o alvo, e ele veio em minha direção, como se o responsável por seu ódio fosse eu.
O religioso não mediu o tamanho e nem pesou as palavras que dizia contra a minha pessoa. Eu tentava explicar (sem acusar o outro) que não era eu o responsável pelas desordens, e sem ele querer ouvir nada, saiu me tangendo para fora do auditório. Eu entendi que naquele momento eu nada valia, e que eu era apenas um verdadeiro lixo que a natureza tinha acabado de me produzir, já que antes, jamais passara por qualquer decepção na vida.
Expulso do auditório do Instituto de Educação de Mossoró não tive mais coragem de retornar lá, nem para saber se eu havia passado ou não no "Exame de Admissão". Como eu não quis mais retornar lá na instituição, fui fazer outro "Exame de Admissão" na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral", que apesar que era uma escola técnica, ela mantinha ginásio também. E só retornei ao Instituto de Educação, 4 anos depois, quando eu concluí o ginásio (1º grau no Ginásio Municipal de Mossoró), na finalidade de cursar o científico lá.
Senti muito pela decepção que passei diante daquela gente toda (alguns deles eram meus conhecidos), alunos e mais alguns funcionários que presenciaram o batido que recebi do religioso, religioso este que se fazia de ovelha de Deus, mas na verdade, não sabia respeitar um filho de Deus.
Mas o tempo passa e passa tão rápido que faz com que a gente esqueça algumas falhas praticadas por pessoas poderosas, e gostam de usar certas coisas contra pobre. Se eu fosse rico, com certeza estava protegido pelo religioso. Mas como sou pobre, fui um saco bom para levar pancadas verbalmente de um desastroso indivíduo, que se dizia ser responsável para ensinar o caminho certo de chegar até à casa do Senhor Deus.
Ano de publicação deste livro: 1967 - Todos os alunos desta década eram donos de um livro deste
E para que o aluno tivesse direito a uma vaga ao ginásio era necessário fazer o chamado "Exame de Admissão", como se fosse um ensaio para um futuro vestibular. Confiante que era e continua sendo uma enorme escola, e de bom conceito também, devido ao grande número de vagas que ela oferecia aos estudantes concorrentes, fiz o meu "Exame de admissão" no Instituto de Educação de Mossoró.
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escola estadual jerônimo rosado (fotos históricas) ... - www.defato.com
Apesar do nome e renome que esta instituição de ensino tinha, tem, e sempre terá, porque vale a pena estudar nela, não fui feliz no dia em que foi dado o resultado aos concorrentes do "Exame de Admissão", porque fui decepcionado por um dos manda-chuva de lá, repreendendo-me fortemente e xingado por ele, enquanto me tangia para fora do auditório da instituição, como se eu fosse um animal que havia invadido aquela repartição escolar.
O religioso acusava-me de baderna dentro do auditório. Baderna esta que não estava sendo praticada por mim, e sim por um aluno que sentara ao meu lado, e que na verdade, eu nem o conhecia; e de momento a momento, enquanto o religioso lia os nomes dos alunos aprovados no "Exame de Admissão", o estudante levava até à boca um objeto, e zoava fortemente, como se fosse um irritante apito qualquer.
Lá do palco, no auditório, o ignorante religioso gritava para que o aluno deixasse aquela baderna. E como não foi atendido, ele desceu do palco e dirigiu-se ao local em que estava sentado o aluno que badernava com o irritante objeto. Mas em vez dele enxergar o aluno que tentava lhe tirar a paciência, acho que ao descer do palco, perdeu o alvo, e ele veio em minha direção, como se o responsável por seu ódio fosse eu.
O religioso não mediu o tamanho e nem pesou as palavras que dizia contra a minha pessoa. Eu tentava explicar (sem acusar o outro) que não era eu o responsável pelas desordens, e sem ele querer ouvir nada, saiu me tangendo para fora do auditório. Eu entendi que naquele momento eu nada valia, e que eu era apenas um verdadeiro lixo que a natureza tinha acabado de me produzir, já que antes, jamais passara por qualquer decepção na vida.
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Expulso do auditório do Instituto de Educação de Mossoró não tive mais coragem de retornar lá, nem para saber se eu havia passado ou não no "Exame de Admissão". Como eu não quis mais retornar lá na instituição, fui fazer outro "Exame de Admissão" na "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral", que apesar que era uma escola técnica, ela mantinha ginásio também. E só retornei ao Instituto de Educação, 4 anos depois, quando eu concluí o ginásio (1º grau no Ginásio Municipal de Mossoró), na finalidade de cursar o científico lá.
Senti muito pela decepção que passei diante daquela gente toda (alguns deles eram meus conhecidos), alunos e mais alguns funcionários que presenciaram o batido que recebi do religioso, religioso este que se fazia de ovelha de Deus, mas na verdade, não sabia respeitar um filho de Deus.
Mas o tempo passa e passa tão rápido que faz com que a gente esqueça algumas falhas praticadas por pessoas poderosas, e gostam de usar certas coisas contra pobre. Se eu fosse rico, com certeza estava protegido pelo religioso. Mas como sou pobre, fui um saco bom para levar pancadas verbalmente de um desastroso indivíduo, que se dizia ser responsável para ensinar o caminho certo de chegar até à casa do Senhor Deus.
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