Por: José Mendes Pereira
Tem gente neste mundo que nasce, cresce, envelhece e morre no sofrimento, e às vezes perguntamos: Por que tanto sofrimento foi dado a uma determinada pessoa? E esta pergunta só quem sabe respondê-la, e pode, é o "Grande Deus Todo Poderoso".
Rita
Mutema era uma senhora pequenina, morena, magrinha, de cintura meio selada, às
vezes simpática, às vezes agressiva. Nasceu e criou-se no grande Alto de
São Manoel em Mossoró, nas imediações da UFERSA (antiga ESAM), já bem próximo
ao Rio Mossoró. E desde muita nova, que a Rita Mutema era viciada em bebidas
alcoólicas, levando o tempo sempre embriagada, urinava em qualquer lugar, e por isso, a infeliz não
tinha condições de trabalhar em nada.
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Do
meu conhecimento, isto é, desde quando eu a conheci, ela apenas tivera uma filha,
por nome de Joana D'arc, sendo que esta tem o mesmo destino da mãe, problemas com o álcool.
Quando
Rita Mutema bebia, tornava-se agressiva. E se uma pessoa dissesse algo, mesmo
que não a desrespeitasse, seria apedrejada por ela, e se não fugisse logo do locar, a
Rita não parava de jogar pedras na pessoa.
Nos
anos 90, a Rita Mutema, sua filha Joana D'arc e o Antonio seu esposo, que não era o pai da menina, e que também era
alcoólatra, foram moradores do meu pai Pedro Nél Pereira, na sua propriedade, no sítio São
Francisco, município de Mossoró.
Pedro Nél Pereira -blogdomendesemendes.blogspot.com
O
meu pai tentando recuperá-los e salvá-los das bebidas, levou-os para lá,
garantindo-lhes que não faltaria nada, já que tinha muito leite, legumes etc.
Mas as intenções da Rita e o Antonio eram nada mais do que viverem embriagados.
Além
da filha Joana D'arc o casal criava uma cachorra, e ao chegar ao sítio, e como
ainda não conhecia bodes, ovelhas, ela deu início a atacar os animais nos
pescoços, nas pernas, deixando-os feridos e sem condições de pastarem.
Eu
conversei com o casal sobre os ataques feitos pela cachorra, solicitando que a
levasse para Mossoró e a entregasse a um dos seus familiares para criá-la, mas
eles não aceitaram. Pedi para que a amarrassem, e nem isso foi aceito.
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Já
com alguns animais sem condições de andarem e com prejuízos, meu irmão e eu resolvemos
sacrificar a cachorra. Mas quando nós estávamos caminhando com ela
laçada ao pescoço por uma corda, em direção ao cemitério (matar), encontramos o meu pai
que vinha chegando ao sítio, e ao ver aquela nossa arrumação, disse-nos que não
fizéssemos aquilo com a miserável, e além desta malvadeza, o casal criava-a
como se fosse uma filha. Rendemo-nos e soltamos a cachorra.
Posteriormente o casal resolveu voltar para Mossoró, e meses depois o Antonio foi acidentado
por um automóvel, tendo morte no local. Alguns anos depois, a Rita Mutema,
por infelicidade, bebeu muito nesse dia, e faleceu dentro de um buraco com
pouca água. Mas para quem está embriagado, uma lata d’água, é como se fosse um
oceano.
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Autor:
José Mendes Pereira
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