terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Aluísio Alves - O Cigano Feiticeiro

Por José Mendes Pereira

Aluísio Alves, se fosse vivo  amanhã completaria 90 anos. Nasceu  em Angicos, Rio Grande do Norte, no dia 11 de Agosto de 1921.  Foi jornalista, advogado e um dos maiores políticos do Rio Grande do Norte, foi governador entre 1961 e 1966, sendo depois cassado pelo AI-5, em 1969.

http://www.camara.gov.br/internet/deputado/depnovos_foto.asp?id=105167&nomeParlamentar=ALUIZIOALVES

Filho de Manuel Alves Filho e Maria Fernanda Alves, é Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito de Maceió, com especialização em Serviço Social. Após a graduação voltou-se para as atividades jornalísticas: primeiro como funcionário dos jornais "A Razão" e "A República". Em 1949 foi  redator-chefe do jornal "Tribuna da Imprensa", no Rio de Janeiro, que pertencia a Carlos Lacerda.

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Carlos Lacerda

No ano seguinte, Aluísio Alves fundou  o seu próprio jornal, "Tribuna do Norte. Foi proprietário e diretor da "Rádio Cabugi", da "TV Cabugi" e da "Rádio Difusora de Mossoró", esta havia comprado a um grupo de sócios, sendo: Paulo Gutemberg, Renato Costa, Milton Monte, José Genildo Miranda e outros.

Antes foi Oficial de Gabinete da Interventoria potiguar chefe do Serviço Estadual de Reeducação e Assistência Social (SERAS) e diretor estadual da Legião Brasileira de Assistência.

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 Dinarte Mariz -ex-governador do Rio Grande do Norte

Sua vocação política  às atividades profissionais que desenvolveu e sua estreia na vida pública se deu sob os auspícios de Dinarte Mariz, então líder-mor da UDN no Estado, e assim Aluísio Alves foi eleito deputado federal em 1945, participando dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte que promulgaria a nova Constituição em 18 de Setembro de 1946. Reeleito em 1950, 1954 e 1958, chegou aos postos de secretário-geral da UDN e de vice-líder da bancada. Mas logo Aluísio Alves rompeu com seu antigo aliado onde o governador recém-eleito ignorou uma série de ações de governo que foram reunidas por Aluísio Alves, num extenso documento. A partir daí, Aluísio rompeu politicamente com seu mentor e ingressou no PSD, sendo eleito governador em 1960 para o desgosto de Dinarte Mariz.

A animosidade entre os dois líderes tornou-se cada dia mais férrea e com o advento do Regime Militar de 1964, foi Mariz quem retomou o comando da cena política, o que não impediu, contudo, o ingresso de Aluísio Alves na Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e a conquista de seu quinto mandato de deputado federal em 1966, após ter sua candidatura a senador vetada por Mariz. No ano anterior Aluísio Alves derrotara o grupo de Dinarte Mariz ao eleger o monsenhor Walfredo Gurgel para governador.

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Monsenhor Walfredo Gurgel - ex-governador do Rio Grande do Norte

Em 7 de Fevereiro de 1969, Aluísio Alves recebeu a notícia que seus direitos políticos haviam sido suspenso, pelo AI-5 sob a acusação de corrupção, sendo indiciado em um processo que só foi arquivado em Fevereiro de 1973.

Mesmo sem poder atuar diretamente na vida pública, fez uso de sua experiência política e se manteve influente ao levar o seu grupo político para o MDB em 1970, sem mencionar que sua condição de empresário permitiu que mantivesse boas relações com os arenistas, à exceção de Dinarte Mariz.

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José Agripino Maia - ex-governador do Rio Grande do Norte
Executivo da União das Empresas Brasileiras, logo expandiu suas atividades para além da área de comunicação, e tão logo foi restaurado o pluripartidarismo, ingressou no PP e a seguir, no PMDB, sendo derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte em 1982 por José Agripino Maia do PDS. 

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 Tancredo de Almeida Neves- ex-presidente do Brasil

Com a  candidatura  de Tancredo Neves à Presidência da República, foi indicado Ministro da Administração pelo presidente eleito, sendo confirmado no cargo por: 

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José Sarney - ex-presidente do Brasil

José Sarney e permaneceu à frente desse ministério entre 15 de Março de 1985 e 15 de Fevereiro de 1989. Foi durante a sua gestão que foi criada a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). 

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Itamar Franco - ex-presidente do Brasil

Em 1990 foi eleito para o seu sexto mandato de deputado federal, cargo do qual esteve licenciado durante o governo Itamar Franco, quando foi Ministro da Integração Regional entre 8 de Abril de 1994 e 1º de janeiro de 1995.

Aluísio Alves faleceu em Natal, vítima de isquemia cerebral. Aluísio era pai do deputado federal  Henrique Eduardo Alves e de Ana Catarina, também política do Rio Grande do Norte.

Nenhum político do Rio Grande do Norte foi tão admirado quanto Aluísio Alves. No período em que foi candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Norte,  foi carinhosamente apelidado de Cigano Feiticeiro, pelas suas insistências para ganhar votos. Os seus eleitores eram chamados de papagaios, devido a cor da sua bandeira, "Verde", simbolizando "Esperança".

No final de cada campanha, Aluísio fazia uma espécie de "Vigília", sobre palanques, passando três dias com três noites nas ruas de Mossoró,  cuja, era uma das suas maiores preocupações, o voto do eleitorado desta cidade.

Também tinha o chamado "Trem da Esperança", quando se deslocava com o seu eleitorado de Caraúbas no trem da Ferrovia, passando por Governador Dix-Sept Rosado, e chegando à cidade de Mossoró, alertando ao eleitor todo prejuízo sobre uma possível vitória do seu adversário.

Em 1994, foi feito o maior assalto do Rio Grande do Norte, e Aluísio sabendo que o governador José Agripino já sabia quem teria feito o roubo, fez uma frase que ficou na história. Palavras de Aluísio Alves dirigidas a José Agripino Maia: "Eu sei que ele sabe, que eu sei que ele sabe, quem roubou os 94 milhões da emergência".

Fonte de pesquisa: Wíkipédia 

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sábado, 28 de dezembro de 2013

Não tivemos vida boa, mas nós éramos felizes


Por José Mendes Pereira
 

Nós éramos 16 irmãos, sendo 10 mulheres e 6 homens, todos  do  mesmo casal, nascidos entre as várzeas à beira do rio do Carmo, na localidade Sítio Mururé (Barrinha), pertencente à família Duarte, mas esta propriedade em que nós morávamos era do senhor Manoel Duarte Ferreira,

Manoel Duarte Ferreira - Assassino do cangaceiro Colchete

o homem que na tarde de 13 de Junho de 1927, em Mossoró, assassinou o facínora Colchete, e além deste, deixou gravemente ferido o cangaceiro Jararaca.

 Ao centro -  o cangaceiro Jararaca, ladeado por policiais

Apesar das dificuldades que nos visitávamos constantemente, por não termos alimentações nutrientes, exceto o leite de cabra, e o queijo, como todos os camponeses, o grosseiro nós tínhamos, e franco, mas vivíamos felizes.

A casa que nós morávamos era construída de taipa, virada para o nascente, e um pé de cajarana cobria uma boa parte do terreiro da frente, além de outro, que mesmo sendo menor, protegia os fundos da cozinha.

Além do leite e do queijo a  nossa alimentação vinha da colheita de milho, feijão, jerimum, melancia, melão..., isso quando o inverno era farto, mais ainda, eram sacrificados bodes, galinhas, ou caças, quando nós resolvíamos desobedecer as ordens do meu pai 

Foto: PEDRO NÉL PEREIRA
Por José Mendes Pereira
Meu velho pai. Pai que não nos maltratou, sempre estava pronto para resolver os nossos problemas e de quem dele precisava. Nunca aprendeu dizer o não a ninguém. Nunca abriu a boca para dizer palavras horríveis, sempre agradecia a Deus o bom e o ruim. Não queria que nenhum de nós filhos criasse desamizade com ninguém. 

O que ele queria era que nós vivêssemos em paz com todos, mesmo que alguém nos feríssemos, era para perdoarmos. Dizia ele que quem resolve coisas que venham machucar é Deus e mais ninguém. 

Saudades do meu velho pai. Se conversava com um filho não chamava de você, era o senhor. E o tratamento com  filha era: "A senhora ou a senhorita", igualmente com a minha mãe. Ele a tratava de senhora ou dona Antônia. 

Valeu meu pai! O senhor se foi para eternidade, mas tenho certeza que adquiriu um bom lugarzinho lá. 

Diz o poeta que morreu não é o fim. E se não é "O FIM", o senhor continua vivendo, mas a vida eterna. 

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Pedro Nél Pereira, era como ele gostava de ser chamado, o nome completo e seus netos, filho da Carminha Mendes: Pedro Neto, Ingrid Rocha Deyvid Thiago e Dayanna Magda
Pedro Nél e seus netos

Pedro Nél Pereira, que ele não queria que nós fôssemos às matas para matar os animais, como preás, rolinhas, iguanas,  asas brancas, que nesse período existiam em quantidade, e para que elas fossem capturadas, o mais fácil era ao clarear do dia, escondido em uma tocaia, na beira do rio ou de uma lagoa, assim que elas pousavam para beber água, apertava-se o gatilho da espingarda, com certeza algumas delas ficariam mortas, e outras tentavam voar, mas infelizmente estavam baleadas, e eram capturadas facilmente. 

Assim que o inverno terminava e fazíamos a colheita, a partir de Julho, estendendo-se até o início do ano seguinte, todos estavam ocupados com o corte de palhas da carnaubeira, exceto a lavoura, geralmente era uma das atividades mais produtiva para o camponês.

Foto
Antonia Mendes, filha e netos

Lembro-me do momento das nossas refeições, e que não tínhamos mesa, e ali, ao redor de uma esteira fabricada com a palha da carnaubeira, sobre o chão, nós sentávamos em pequenos bancos, enquanto a minha mãe fazia a divisão do alimento, que à noite, geralmente era a coalhada com o pão de milho.

Mas antes, todos nós, em pés, rezávamos o "Pai Nosso", iniciado pelo meu pai, e ao término, todos abraçavam uns aos outros, mesmo que algum de nós tivesse tido uma confusão com outro irmão, era obrigatoriamente aquele abraço, isto era uma das exigências do meu pai. E era para ser cumprida; mesmo que ele não estivesse em casa, um dos filhos ou filhas iniciava o "Pai Nosso".

Naqueles tempo, para quem era camponês o sofrimento era grande, já que não havia ajuda de prefeitos, governos..., só a graça de Deus e mais nada. Hoje é diferente. O homem do campo tem tudo, até mesmo carro em sua garagem. Mas muitos não sabem aproveitar a oportunidade que o governo dá. Aplicam a ajuda que recebem em coisas supérfluos, quando deveriam comprar gado, ovelhas etc. 

Mas dou os meus parabéns aos camponeses que tiveram sortes, e hoje vivem uma vida como a do homem da cidade.

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Eu te amo tanto, mas você pouco me dá valor

Por José Mendes Pereira

Eu te amo tanto, mas você pouco me dá valor. Estou sempre te acompanhando durante o seu dia rotineiro. Às vezes deixo de fazer os meus trabalhos que meu superior me ordena, só para ver  você passando para o seu trabalho, nas correrias da vida, pegando ônibus, pegando caronas; às vezes, caminhando a pé; humilha-se a um e a outro, mas nem se lembra de que sou eu o único que tem condições de te dá meios melhores, para resolver as suas dificuldades. Mas eu continuo te seguindo. 

Você chega ao seu trabalho, inicia, olha para os lados e nem me ver, porque está com o pensamento em alguém que não te valoriza. E no ofício, às vezes não dá certo, reclama, quer desabafar com palavrões, e de imediato, sente que está entre pessoas, e desiste de usá-los. 

Ao término das suas obrigações, repete tudo novamente. pegando ônibus, pegando caronas; às vezes, caminhando a pé; humilhando-se a um e a outro. Caminha em busca da casa, e ao chegar, deita-se em um lugar qualquer, mas sempre com o pensamento em alguém, e nem se lembra que eu estou ao seu lado, observando os seus passos. 

Alguém te propõe algo, e você aceita. Depois, arrepende-se, mas já está sem jeito, só porque não me consultou, não me olhou, não me pediu uma opinião, não me viu e nem quer me ver. Ali, se deita, chora, chora, mas não se lembra que quem poderia resolver os seus problemas, está ali, bem pertinho.

Já tenho pensado muito, que se você me valorizasse, não estaria se humilhando tanto aos que nem te dão valor como eu te dou. Por que não me amas como tu amas os teus amigos, quando o mais apaixonado por você sou eu? Quando os teus amigos falam em meu nome, você tenta mudar o rumo da conversa, como se tivesse vergonha de mim. E eu nem tenho de você.

Eu tenho tudo para te oferecer do bom e do melhor, mas você só pensa em quem não te ama de verdade. Sofre, chora, e ver que quem tu queres, jamais te dará uma vida feliz. Eu te proponho que me ame logo, porque amanhã será tarde, muito tarde.

Tenho tudo para te dá, basta apenas querer me amar. Sou eu o único quem pode te fazer feliz. Não tenho amor pela metade, o meu amor é completo, e se você quiser me amar de verdade, dar-te-ei tudo quanto tenho, só para te fazer feliz. 

A vida é curta, e se você quiser amar quem te ama de verdade, aproveite agora neste fim de ano, e siga 2014 ao meu lado,  porque ninguém mais te ama do que eu, aquele que morreu por você. Sou EU, o "CRISTO DAS  MÃOS E DOS PÉS FURADOS", que foi torturado e humilhado diante dos meus irmãos e do meu pai que tanto me ama, e está no céu de braços abertos, para te receber quando partires para bem juntinho dele". Ama-me como eu te amo.

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

DESEJAMOS AOS NOSSOS LEITORES UM FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO


São os sinceros votos dos blogs: 
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domingo, 22 de dezembro de 2013

Francisco Vasconcelos - um mossoroense esquecido pela Prefeitura Municipal de Mossoró

Por: José Mendes Pereira

Francisco Vasconcelos, Fransquinho Vasconcelos ou simplesmente Francisquinho Vasconcelos como era alcunhado em Mossoró, que está um pouco esquecido pelas autoridades municipais, que até o momento não foi homenageado com uma praça, ou um órgão público. Um homem que muito colaborou para o desenvolvimento de Mossoró, através de uma tipografia e uma livraria. Francisco Vasconcelos tinha dentro de si uma pessoa generosa, educada, atenciosa aos que lhe procuravam.


Lembro que sempre que eu chegava em sua livraria, e me dirigia até ao balcão para uma possível compra, ou a negócios qualquer, e se ele me visse, saía do seu birol e caminhava a minha direção, e me  perguntava se eu continuava trabalhando na Escola que o seu pai é o Patrono, a Escola Estadual Professor José Martins de Vasconcelos,


e me perguntava se ela estava precisando de panfletos, com a biografia do pai, para que eu os levasse e distribuísse na escola com os alunos. E ele  esteve presente em dois eventos que a Escola Estadual Professor José Martins de Vasconcelos promoveu. Convidei-o e ele honrou os meus convites.

 Poeta, escritor e jornalista José Martins de Vasconcelos - pai do Fransquinho Vasconcelos

É preciso que a Prefeitura Municipal de Mossoró aprenda a valorizar os seus filhos, homenageando-os com praças, ruas, prédios públicos e deixe de homenagear pessoas de outras cidades, Estados, quando elas fazem partes de outras colmeias.

Eu acredito que como tinha muito respeito e amizade ao próximo, Fransquinho Vasconcelos foi bem recebido pelos anjos lá no céu. E se ele não ganhou um bom lugar lá no céu, quem estará credenciado para herdar o reino de Deus?

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