terça-feira, 27 de agosto de 2013

Pedro Nél Pereira - um homem que tinha consideração às pessoas

Por: José Mendes Pereira

Pedro Nél Pereira nasceu na Barrinha, município bem próximo de Mossoró, no dia 17 de Abril de 1922, e aqui faleceu no dia 10 de Maio de 2011. Quem o conheceu sabe bem que em toda sua vida não adquiriu inimigos. Tinha grande consideração aos que lhe rodeavam.

Era um homem que muito soube respeitar as pessoas, e nunca abriu a boca para desmoralizar ou desejar o mal a ninguém. Viveu fazendo amizades, sem distinguir quem e a quem.

Vi muitas vezes este homem tirar criações do seu chiqueiro para ajudar quem precisava comprar um ranchinho. Tinha um prazer em servir aos que por uma razão qualquer, não tiveram a mesma sorte.

Vi muitas vezes alguém chegar lá em casa, pedindo-lhe uma ou mais carnaúbas da sua pequena propriedade, para poder cobrir um ranchinho que tinha feito. E nunca vi um deles sair sem o que lhe solicitava.

Não tinha recursos, apenas boa vontade de ajudar aos necessitados. Sempre que arranjava terras para plantio, não queria terça, dizia ao agricultor que fizesse o plantio, e quando colhesse,  levasse tudo para alimentar os seus filhos.

Muitas vezes emprestava objetos, ou até mesmo um pouquinho de dinheiro, e geralmente alguém lhe dizia que ele não iria receber de volta. Apenas sorria e dizia: "-Se ele não me devolver é porque está necessitando mais do que eu. Deus me dará mais".

Jamais negou qualquer objeto emprestado, e se o sujeito não fosse lhe devolver, por lá mesmo se acabava, e ele nunca mais falava naquele objeto.

Quem o conheceu sabe muito bem o que meu pai fazia pelas pessoas sem distinção. Pedro Nél Pereira não tinha ambição por bens materiais. Viveu para a construção de amizades.

Jamais lhe faltou a paciência sobre qualquer coisa. Se fosse boa, ficava feliz e agradecia a Deus, mas se não fosse boa, do mesmo jeito o agradecia.

Herculana Maria da Conceição - mãe de Pedro Nél Pereira

Tinha um amor exagerado pela sua mãe Herculana Maria da Conceição (Mãenanana ou mamãenana, Mananana ou ainda Nanana), como nós netos a chamávamos. 

Quando fazia feiras para sua casa, a primeira residência que ele passava para deixar algo, era a  da sua mãe. Não fazia compras só para si, tinha que repartir com a Mãenanana.

Muita vezes comprou objetos sem precisar, apenas para ajudar quem necessitava de dinheiro, para fazer compras de cereais para alimentar seus filhos.

Quando desapareciam animais do seu chiqueiro e alguém lhe dizia quem teria lhe roubado, simplesmente dizia: "- Deixa pra lá. Deus me dará em dobro". E assim levou a vida inteira suportando o bom e o ruim, sem querer prejudicar ninguém.

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Autor:
José Mendes Pereira

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