domingo, 24 de maio de 2015

EXTRA - O CANTOR JOÃO MOSSORÓ DESABAFA!

Por João Mossoró

Oi, Mendes, tudo bem?!

Infelizmente nós, do antigo Trio Mossoró, que tanto divulgamos o nome de Mossoró por este Brasil a fora, estamos fora das festas juninas de Mossoró. O cachê oferecido para nós (Trio Mossoró), pela Prefeitura Municipal de Mossoró, é uma verdadeira esmola. Segundo ela alega que não poderá pagar pela nossa participação mais do que 400,00 Reais, isso mesmo que você está lendo.

 Trio Mossoró - João Mossoró, Hermelinda e Carlos André

Que humilhação! Por onde andamos nestas terras queridas do nosso Brasil, nunca passamos por isso. Sempre fomos bem recebidos, aplaudidos e acolhidos com respeito em relação ao nosso valor profissional. Infelizmente fomos decepcionados pela nossa própria terra que nos viu nascer, e ser criados no centro da cidade. Nós não merecemos isto! 

Ela não pode pagar para nós que somos da terra, mas aos de fora, pode pagar verdadeira fortuna.

Um abraço amigo.
João Mossoró ex-componente do Trio Mossoró

José Mendes Pereira

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"Grande João Mossoró, Mossoró sempre foi uma boa madrasta, mas  quando se trata de beneficiar os seus próprios filhos, é uma péssima mãe".

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CACHÊ DE 400 REAIS AGRIDE A HISTÓRIA DO TRIO MOSSORÓ E DA CULTURA DA CIDADE

Cachê oferecido ofende a honra e a história do Trio Mossoró - João Mossoró, Hermelinda e Carlos André

O telefone toca; no outro da linha, Carlos André. Antes do boa-tarde do colunista, o cantor e compositor desabafa: “Estou indignado”.

Em seguida, conta: a Prefeitura, via Secretaria de Cultura, fez contato para convidar o Trio Mossoró para se apresentar no Cidade Junina, onde seria prestada uma “homenagem” ao grupo, com um cachê de 400 reais.

Como é? Ele repetiu: “400 reais”, para classificar o convite, com a sinceridade cristalina que lhe é peculiar, de “proposta indecorosa”. E, de fato, o é. Sob o ponto de vista financeiro e artístico.

Ora, 400 reais é o cachê de cada músico que acompanha o trio. E somadas as despesas de passagens aéreas (dois moram no Rio de Janeiro e Carlos André em Recife), eles teriam de pagar do bolso para se apresentar no Cidade Junina.

Que homenagem, hein!!! Fala sério.

Trata-se de profundo desrespeito a uma das maiores expressões da história cultural da cidade, com mais de meio século divulgando Mossoró em todo o País, através da música de raiz.

Provavelmente, a atual gestão municipal não tem a exata dimensão da agressão feita ao Trio Mossoró. Ou, no mínimo, não conhece a sua história.

A coluna vai ajudar, contando um pouco da arte musical dos irmãos João Batista (João Mossoró), Hermelinda (Ana Paula) e Carlos André (Oséas Lopes), para, quem sabe, uma homenagem de verdade possa ser feita.

O Trio Mossoró começou em 1956, quando Oséas recebeu convite para cantar com os irmãos na Rádio Tapuyo, hoje pertencente à Rede Potiguar de Comunicação (RPC).

Três anos depois, em 1959, Oséas levou o seu talento para o Rio de Janeiro e começou a atuar no rádio, para em seguida chamar os dois irmãos. Foi lá que eles ganharam os nomes artísticos João Mossoró, Hermelinda e Carlos André e a projeção nacional.

A família talentosa ainda tinha o seresteiro Cocota, que antes de se juntar ao trio na capital carioca, foi assassinado na noite mossoroense.

Em 1962, apadrinhado por nada menos do que João do Vale, o Trio Mossoró gravou o primeiro disco, chamado “Rua do Namoro”, abrindo sequência para gravar mais 11 LPs de um total de 34 listados por Carlos André, que também construiu carreira solo.

Esse breve histórico, por si só, já deveria envergonhar os representantes da gestão municipal que agrediram o Trio Mossoró. Ou, numa reação de humildade, admitir o erro e procurar conhecer os verdadeiros personagens da cultura mossoroense.

Certamente, os alto-falantes da Secretaria de Cultura não tocam “Canto de Outrora”, de Antônio Barros, que ganhou vida na voz dos três irmãos. Muito menos a “Praça dos Seresteiros”, grande sucesso feito pelo Trio Mossoró para homenagear Cocota, que agora está no céu.

Francamente…

ADENDO: http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

PARA  A CULTURA  MOSSOROENSE SOBREVIVER ESTÁ MUITO DIFÍCIL

NOTA À SOCIEDADE E À IMPRENSA


A Diretoria da Fundação Vingt-un Rosado, instituição que mantém a Coleção Mossoroense, diante das condições de extrema dificuldade de funcionamento e falta de apoio a esta entidade cultural nos últimos tempos, vem por meio desta, informar a sociedade mossoroense em geral, em especial ao meio literário do Rio Grande do Norte, que em reunião no dia 19 de maio de 2015 resolveu:

1 - Suspender as atividades da Fundação Vingt-un Rosado por tempo indeterminado;

2 - Dispensar seus funcionários;

3 - Consultar a Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte e outros locais sobre a possibilidade de guarda do acervo particular de Vingt-un Rosado;

4 - Visita ao Museu do Sertão onde se encontra cerca de 90% dos exemplares da Coleção Mossoroense para verificar a situação atual do acervo;

5 - Venda dos equipamentos que compõem a sua gráfica para custear algumas das dívidas existentes.

Mossoró - RN, 20 de maio de 2015.
Jerônimo Dix-sept Rosado Maia Sobrinho

Diretor Executivo da Fundação Vingt-un Rosado.

Fonte: facebook
Página: Caio César Muniz

http://www.canalareiabranca.com.br/2015/05/cache-de-400-reais-agride-historia-do.html

Fonte: Blog do Cesar Santos 

Veja no Jornal O Mossoroense de hoje: 

FUNDAÇÃO VINGT-UN ROSADO ANUNCIA SUSPENSÃO DE TODAS AS SUAS ATIVIDADES POR TEMPO INDETERMINADO.

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

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