domingo, 8 de setembro de 2013

As empresas seguradoras acordaram

Por: José Mendes Pereira

O que segue aconteceu em Mossoró

Quando surgiram as empresas encarregadas de seguros de vida muitas delas foram ludibriadas por certos espertos, que pagavam um valor "X" na intenção de premeditar um acidente em seu próprio corpo, para receberem uma indenização altíssima, pela perda de um dos seus membros.

Isto aconteceu não só com um, nem só com dois, mas com vários assegurados, que mesmo sabendo que iriam ficar sem condições para o trabalho, metiam um dedo, uma mão, ou até mesmo o braço por completo em máquinas de serrarias, ou na hélice de um automóvel. Como estavam assegurados às empresas eram obrigadas a indenizá-los.

Máquina de serraria - gravatai.olx.com.br

De tantos que propositalmente provocaram acidentes no seu próprio corpo, conheci dois.

Dos que eu os conheci o primeiro se chamava Manoel Gustavo. Um homem ainda jovem, motorista, não profissional, mas fazia viagens quando alguém necessitava de um condutor para o seu automóvel.

Como não tinha condições de comprar um carro, sonho de muito tempo, certo dia entrou em uma serraria, e lá colocou o seu polegar na lâmina da serra. Mas não levou sorte, porque a serra repuxou a sua mão, aparando todos os dedos, e a mão ficou em completa desgraça.

Segundo pessoas que presenciaram o acidente diziam que fazia lástima, porque o sangue saía do seu corpo em chicotadas. Como no momento não tinha socorros e automóveis para tangê-lo até a um hospital, morreu no local do acidente.

O outro faleceu recentemente, com a idade muito avançada. Chamava-se Jorge. Só. Eu não sei o seu nome de batismo completo.

www.renatosouza.blog.br

Um dos seus amigos dedicou-se a vender seguros de vida, e sendo ele um homem amante do dinheiro, entrou nessa. Fez o seguro e quando já tinha direito de receber uma indenização por acidente, colocou o dedo polegar da mão direita na hélice do seu jeep 51. 

carro.mercadolivre.com.br 

Às pressas, foi atendido em um hospital. Já recuperado, deu entrada no que tinha direito, recebendo um monte de dinheiro. E com ele, comprou carro novo e casa, e ainda montou um belo hotel.

Como era muito farrista, o seu patrimônio foi de água abaixo, voltando para a vida de antes, apenas saudara a casa, porque a sua esposa não autorizou a venda do imóvel.

Com saudade da boa vida que havia adquirido, e sabendo que se pagasse outro seguro em outra empresa, resolveu cadastrasse em outra seguradora. Um ano depois, segundo os regulamentos do seguro caso lhe acontecesse acidente, seria pago o que lhe garantia.

Ciente do montante que iria receber desta outra seguradora repetiu as mesmas macacadas, colocando o dedo polegar da mão esquerda na hélice do seu jeep. Resultado. Foi preciso o médico amputar o seu braço completo, porque havia dado o tétano. E o seguro negou lhe o pagamento. Entrou na justiça, mas foi negado o direito, porque a outra empresa comunicara à justiça que já havia pagado a indenização do dedo polegar direito.

Os peritos da empresa descobriram que ele havia premeditado o acidente.

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Autor:
José Mendes Pereira


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