Por José Mendes Pereira
Não o vi mais do que uma vez. Gordo e bastante barrigudo, de avantajada estatura, de cor clara, de boas condições financeiras. No pequeno sítio onde morava era o verdadeiro mandão, dono da verdade, dono de comércio, fazenda e tudo mais. O Leonardo Leão era considerado o prefeito do lugar, mas que o município ainda era administrado pela Prefeitura Municipal de Mossoró.
Foi no ano de 1986 que o conheci na "Comunidade de Saúde", quando a minha mãe se encontrava internada por problemas de saúde. Chegara às pressas, porque fora esfaqueado pelo Geraldo, um dos seus vizinhos, amigo e compadre.
Leonardo Leão mereceu o que sofrera, tinha fama de cantador de mulheres casadas. Se lhe desse oportunidade, a mulher estava prestes a cair na sua rede. Mas o Leonardo ainda não havia imaginado que o seu compadre Geraldo, poderia não deixar pra lá as cantadas que a sua esposa Rosana recebera do compadre Leonardo Leão.
Insatisfeito, Geraldo resolveu vingar o desrespeito do seu compadre com a sua estimada esposa. Fazer justiças com as suas próprias mão, mesmo que fosse apenas um ensino, não iria deixar o caso encerrado. Se aceitasse, com certeza o Leonardo Leão iria tentar cantar a sua esposa outras e outras vezes.
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O Leonardo Leão estava no curral mugindo as suas vacas leiteiras. Geraldo aproxima-se do compadre e diz que quer dois litros de leite. O Leonardo acredita e pede a vasilha para por o líquido. Assim que o Geraldo entrega a vasilha, retira da cintura uma faca e enfia sobre a clavícula. O Leonardo sai caindo sem fôlego e ampara-se na cerca do curral, com uma sangria grande mas controlada.
O Geraldo desaparece. Os vizinhos não sabem o que realmente aconteceu ali entre Leonardo e o Geraldo, mas percebem que o Leonardo não está bem, e correm para socorrê-lo. Toda vizinhança está apavorada, e aos gritos, cuidam de transportá-lo o mais rápido possível para Mossoró.
Quando a Combi parou em frente à Comunidade de Saúde em Mossoró, eu fui um dos que ajudou a levá-lo até ao médico. Mas o caso do Leonardo era delicado, e precisava ser transportado com urgência para a Casa de Saúde Dix-Sept Rosado.
Leonardo Leão submete-se a uma cirurgia urgente, e dias depois o homem estava de volta ao seu lar. Recebera o direito de recuperação em sua própria casa.
Geraldo estava inconformado. Tentou colocar um ponto final na vida do Leonardo Leão, mas para ele, infelizmente não deu certo. Agora estava sujeito a morrer a qualquer hora. O Leonardo era poderoso, cheio de capangas, e se permanecesse no meio daquela gente, morreria fácil, a mando do Leonardo.
Geraldo sabe que o Leonardo Leão está tendo uma excelente recuperação, e tinha que ter muito cuidado. Arquiteta outra tentativa de morte, e se esconde perto da casa do enfermo.
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Leonardo Leão sai fora e vai amparar-se sob uma avantajada sombra de Castanhola, e naquele local recebe as suas visitas. Negocia, faz pagamentos atrasados, e ao mesmo tempo recebe quantias de liquidação de contas dos seus devedores.
Geraldo está de olhos abertos. Não desgruda o olhar firme, aguardando uma oportunidade para tentar fechar o poderoso novamente. Ali aguarda que as visitas do enfermo vão embora.
O Leonardo está feliz. Recebera o seu melhor amigo, o dono da Padaria Paulistana, que juntos, antes, haviam sido sócios de algumas empresas.
Finalmente Leonardo agora está só. Geraldo podia atirar sem piedade. A distância era meio longe, e poderia acontecer o inesperado. Um erro de mira, seria a sua maior infelicidade. Geraldo apóia o joelho direito ao chão, e com a arma na mão, aperta o gatilho para derrubar o seu inimigo.
Um tiro ecoou! O homem cai dando um grito assustador. Mas quem morreu foi o Geraldo. E até hoje ninguém sabe quem atirou no Geraldo.
Alguns afirmam que foi alguém que viu o Geraldo preparando-se para exterminar a vida do seu recente inimigo Leonardo Leão. Outros dizem que, quando Geraldo apertou o gatilho, a arma desequilibrou-se da sua mão, e ao cair, disparou em sua direção.
Infelizmente Geraldo preparou a sua própria morte, sem interesse para suicídio. O vingador está morto.
Dias depois, o Leonardo fora morto com dois tiros certeiros, e até hoje, ninguém sabe quem o matou. Uns dizem que quem matou o Leonardo Leão foi o irmão do Geraldo que sabia de todo engodo.
Quem deve, paga.
Foi no ano de 1986 que o conheci na "Comunidade de Saúde", quando a minha mãe se encontrava internada por problemas de saúde. Chegara às pressas, porque fora esfaqueado pelo Geraldo, um dos seus vizinhos, amigo e compadre.
Leonardo Leão mereceu o que sofrera, tinha fama de cantador de mulheres casadas. Se lhe desse oportunidade, a mulher estava prestes a cair na sua rede. Mas o Leonardo ainda não havia imaginado que o seu compadre Geraldo, poderia não deixar pra lá as cantadas que a sua esposa Rosana recebera do compadre Leonardo Leão.
Insatisfeito, Geraldo resolveu vingar o desrespeito do seu compadre com a sua estimada esposa. Fazer justiças com as suas próprias mão, mesmo que fosse apenas um ensino, não iria deixar o caso encerrado. Se aceitasse, com certeza o Leonardo Leão iria tentar cantar a sua esposa outras e outras vezes.
alenotcias.blogspot.com
O Leonardo Leão estava no curral mugindo as suas vacas leiteiras. Geraldo aproxima-se do compadre e diz que quer dois litros de leite. O Leonardo acredita e pede a vasilha para por o líquido. Assim que o Geraldo entrega a vasilha, retira da cintura uma faca e enfia sobre a clavícula. O Leonardo sai caindo sem fôlego e ampara-se na cerca do curral, com uma sangria grande mas controlada.
O Geraldo desaparece. Os vizinhos não sabem o que realmente aconteceu ali entre Leonardo e o Geraldo, mas percebem que o Leonardo não está bem, e correm para socorrê-lo. Toda vizinhança está apavorada, e aos gritos, cuidam de transportá-lo o mais rápido possível para Mossoró.
Quando a Combi parou em frente à Comunidade de Saúde em Mossoró, eu fui um dos que ajudou a levá-lo até ao médico. Mas o caso do Leonardo era delicado, e precisava ser transportado com urgência para a Casa de Saúde Dix-Sept Rosado.
Leonardo Leão submete-se a uma cirurgia urgente, e dias depois o homem estava de volta ao seu lar. Recebera o direito de recuperação em sua própria casa.
Geraldo estava inconformado. Tentou colocar um ponto final na vida do Leonardo Leão, mas para ele, infelizmente não deu certo. Agora estava sujeito a morrer a qualquer hora. O Leonardo era poderoso, cheio de capangas, e se permanecesse no meio daquela gente, morreria fácil, a mando do Leonardo.
Geraldo sabe que o Leonardo Leão está tendo uma excelente recuperação, e tinha que ter muito cuidado. Arquiteta outra tentativa de morte, e se esconde perto da casa do enfermo.
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Leonardo Leão sai fora e vai amparar-se sob uma avantajada sombra de Castanhola, e naquele local recebe as suas visitas. Negocia, faz pagamentos atrasados, e ao mesmo tempo recebe quantias de liquidação de contas dos seus devedores.
Geraldo está de olhos abertos. Não desgruda o olhar firme, aguardando uma oportunidade para tentar fechar o poderoso novamente. Ali aguarda que as visitas do enfermo vão embora.
O Leonardo está feliz. Recebera o seu melhor amigo, o dono da Padaria Paulistana, que juntos, antes, haviam sido sócios de algumas empresas.
Finalmente Leonardo agora está só. Geraldo podia atirar sem piedade. A distância era meio longe, e poderia acontecer o inesperado. Um erro de mira, seria a sua maior infelicidade. Geraldo apóia o joelho direito ao chão, e com a arma na mão, aperta o gatilho para derrubar o seu inimigo.
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Um tiro ecoou! O homem cai dando um grito assustador. Mas quem morreu foi o Geraldo. E até hoje ninguém sabe quem atirou no Geraldo.
Alguns afirmam que foi alguém que viu o Geraldo preparando-se para exterminar a vida do seu recente inimigo Leonardo Leão. Outros dizem que, quando Geraldo apertou o gatilho, a arma desequilibrou-se da sua mão, e ao cair, disparou em sua direção.
Infelizmente Geraldo preparou a sua própria morte, sem interesse para suicídio. O vingador está morto.
Dias depois, o Leonardo fora morto com dois tiros certeiros, e até hoje, ninguém sabe quem o matou. Uns dizem que quem matou o Leonardo Leão foi o irmão do Geraldo que sabia de todo engodo.
Quem deve, paga.
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