terça-feira, 24 de junho de 2014

Doido é doido, amigo!

Por José Mendes Pereira

Um sujeito amalucado viu um homem que vendia pães carregados em um balaio sobre a cabeça, e fez carreira atrás dele. O vendedor de pães nem esperava que um dia fosse obrigado a correr e perder todos os seus pães que vendia, pressionado por um amalucado que conduzia uma faca em uma das suas mãos.



O ambulante comerciante  fez de tudo para salvar a sua vida. Na carreira, o vendedor de pães ia e vinha, sempre mudando  de direção, no sentido de não ser atingido pela faca que o perseguia, e com isso, aos poucos, foi perdendo os pães, que vez por outra caiam do balaio.

Infelizmente o maluco o encurralou sem lhe dar nenhuma chance de sobreviver. O vendedor estava frito. Parou recantado ao pé de um muro e disse ao amalucado:

- Você me venceu, homem! Não tenho como escapar da sua afiada faca. 

- O amalucado admirou-se do que o comerciante lhe dissera e perguntou-lhe:

- E quem irá te matar?

- Pelo o que eu vi até agora só pode ser você que me obriga a correr. - Respondeu-lhe trêmulo e se benzendo o comerciante.

- O senhor está é maluco! - Disse o amalucado. 

- E por que você correu atrás de mim com esta maldita faca em sua mão? - Perguntou o comerciante:

- Amigo, nem passou pela minha cabeça de te matar. O que eu quero é apenas te dá tique. 

E aproximando do comerciante, bateu com uma das mãos em seu ombro dizendo:

- Tique. Tique...

E foi-se embora o amalucado homem sem olhar para trás.

O comerciante acalmou o seu coração e agradeceu a Deus por ter sido salvo, já que a intenção do amalucado não era matá-lo, e sim, apenar ter o prazer de bater nele e lhe dizer: Tique. Tique...

Minhas simples histórias

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