segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Aluísio Alves - O cigano feiticeiro

Por: José Mendes Pereira
http://www.camara.gov.br/internet/deputado/depnovos_foto.asp?id=105167&nomeParlamentar=ALUIZIOALVES
 Aluísio Alves 

Este artigo foi publicado no blogdomendesemendes em 10 de agosto de 2011. A republicação é só para arquivar neste blog

Aluísio Alves nasceu  em Angicos, Rio Grande do Norte, no dia 11 de Agosto de 1921.  Foi jornalista, advogado e um dos maiores políticos do Rio Grande do Norte, foi governador entre 1961 e 1966, sendo depois cassado pelo AI-5, em 1969.

Filho de Manuel Alves Filho e Maria Fernanda Alves. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito de Maceió, com especialização em Serviço Social. Após a graduação voltou-se para as atividades jornalísticas: primeiro como funcionário dos jornais "A Razão" e "A República". Em 1949 foi  redator-chefe do jornal "Tribuna da Imprensa", no Rio de Janeiro, que pertencia a Carlos Lacerda.

http://n.i.uol.com.br/educacao/carloslacerda.jpg 
Carlos Lacerda

No ano seguinte, Aluísio Alves fundou  o seu próprio jornal, "Tribuna do Norte. Foi proprietário e diretor da "Rádio Cabugi", da "TV Cabugi" e da "Rádio Difusora de Mossoró", esta havia comprado a um grupo de sócios, sendo: Paulo Gutemberg, Renato Costa, Milton Monte, José Genildo de Miranda e outros.

 http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR-xrcoEg1SHqV4lOaAZ3JMXci4p_ERe-Sr_Pt3WcK48BvB4NJxKQ
Aluísio ainda jovem

Antes foi Oficial de Gabinete da Interventoria potiguar chefe do Serviço Estadual de Reeducação e Assistência Social (SERAS) e diretor estadual da Legião Brasileira de Assistência. Sua vocação política  às atividades profissionais que desenvolveu e sua estreia na vida pública se deu sob os auspícios de Dinarte Mariz,

http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTGGBLBBqvy3zHkbX8cNsAzqf41_iRQTV6x8gjVQ4VBQyzUrDrT-A
Dinarte Mariz - ex-governador do Rio Grande do Norte

então líder-mor da UDN no Estado, e assim Aluísio Alves foi eleito deputado federal em 1945, participando dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte que promulgaria a nova Constituição em 18 de Setembro de 1946. Reeleito em 1950, 1954 e 1958, chegou aos postos de secretário-geral da UDN e de vice-líder da bancada. Mas logo Aluísio Alves rompeu com seu antigo aliado onde o governador recém-eleito ignorou uma série de ações de governo que foram reunidas por Aluísio Alves, num extenso documento. A partir daí, Aluísio rompeu politicamente com seu mentor e ingressou no PSD, sendo eleito governador em 1960 para o desgosto de Dinarte Mariz.

A animosidade entre os dois líderes tornou-se cada dia mais férrea e com o advento do Regime Militar de 1964, foi Mariz quem retomou o comando da cena política, o que não impediu, contudo, o ingresso de Aluísio Alves na Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e a conquista de seu quinto mandato de deputado federal em 1966, após ter sua candidatura a senador vetada por Mariz. No ano anterior Aluísio Alves derrotara o grupo de Dinarte Mariz ao eleger monsenhor Walfredo Gurgel para governador.

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_JX0QmuCPO-LoZFFB22kS4RhFiZ6t3D2RpiOpSslhANP5a95VtHmvt9UVzYCqFuOr0Lp5RV67PvcfMHJcdorOLsB4NZC9OqgBjET9OGr8nZMLLqJrHQbiLzXBP85dMIn702-7vdgBZIE/s1600/modelo03.JPG
Monsenhor Walfredo Gurgel - ex-governador do Rio G. do Norte 

Em 7 de Fevereiro de 1969, Aluísio Alves recebeu a notícia que seus direitos políticos haviam sido suspenso, pelo AI-5 sob a acusação de corrupção, sendo indiciado em um processo que só foi arquivado em Fevereiro de 1973.

Mesmo sem poder atuar diretamente na vida pública, fez uso de sua experiência política e se manteve influente ao levar o seu grupo político para o MDB em 1970, sem mencionar que sua condição de empresário permitiu que mantivesse boas relações com os arenistas, à exceção de Dinarte Mariz. Executivo da União das Empresas Brasileiras, logo expandiu suas atividades para além da área de comunicação, e tão logo foi restaurado o pluripartidarismo, ingressou no PP e a seguir, no PMDB, sendo derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte em 1982 por José Agripino Maia do PDS.

Com a  candidatura  de Tancredo Neves à Presidência da República, foi indicado Ministro da Administração pelo presidente eleito, sendo confirmado no cargo por:José Sarney e permaneceu à frente desse ministério entre 15 de Março de 1985 e 15 de Fevereiro de 1989. Foi durante a sua gestão que foi criada a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

Em 1990 foi eleito para o seu sexto mandato de deputado federal, cargo do qual esteve licenciado durante o governo Itamar Franco, quando foi Ministro da Integração Regional entre 8 de Abril de 1994 e 1º de janeiro de 1995.

Aluísio Alves faleceu em Natal, vítima de isquemia cerebral. Aluísio era pai do deputado federal  Henrique Eduardo Alves e de Ana Catarina, também política do Rio Grande do Norte.

Nenhum político do Rio Grande do Norte foi tão admirado quanto Aluísio Alves. No período em que foi candidato ao governo do Estado do Rio Grande do Norte,  foi carinhosamente apelidado de cigano feiticeiro, pelas suas insistências para ganhar votos. Os seus eleitores eram chamados de papagaios, devido a cor da sua bandeira, "Verde", simbolizando "Esperança". A sua maior fome era voto, voto e mais nada.

No final de cada campanha, Aluísio fazia uma espécie de "Vigília", sobre palanques, passando três dias com três noites nas ruas de Mossoró,  cuja, era uma das suas maiores preocupações, o voto do eleitorado desta cidade.

Também tinha o chamado "Trem da Esperança", quando se deslocava com o seu eleitorado de Caraúbas no trem da Ferrovia, passando por Governador Dix-Sept Rosado, e chegando à cidade de Mossoró, alertando ao eleitor, todo prejuízo sobre uma possível vitória do seu adversário.

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaDfBj6POdlriw1qEBH8l8yLS9kbYKK416j1_Wy6VdglVI3TZI150DnR7FKMl1jhMQzNV0tRfR7iMYmBEpHXAA7nB_YSUgTAb0-temW82fkrADbaw7AJ34d60sQHHrfilDpuqGI-fIXSI/s1600/paulofreire_angicos_1963.png
Aluísio é o segundo da direita para a esquerda

Em 1994, foi feito o maior assalto do Rio Grande do Norte, e Aluísio sabendo que o governador José Agripino já sabia quem teria feito o roubo, fez uma frase que ficou na história. Palavras de Aluísio Alves dirigidas a José Agripino Maia: "Eu sei que ele sabe que eu sei que ele sabe quem roubou os 94 milhões da emergência".

Aluísio Alves foi o único e último político que em 1968 teve condições de tomar a administração da Prefeitura Municipal de Mossoró da família Rosado.

Fonte de pesquisa: Wikipédia

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citado a fonte e o autor.

Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com

Autor:
José Mendes Pereira

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Tiro de Guerra de Mossoró - Parte IV

Por: José Mendes Pereira

Meu amigo e irmão Raimundo Feliciano:

Mais uma brincadeira feita no Tiro de Guerra de Mossoró, você foi escalado para ficar detido, limpando janelas, portas, banheiros, quadra... do TG.

 jotamariatirodeguerra.blogspot.com

Naquele dia, pela manhã, antes de assistirmos no salão, as aulas dadas pelos sargentos,  você, Melquíades e outros mais, levaram o velho e desmoronado carro do atirador Juca, empurrando-o até a Estação de Trem, que na época ainda fazia parte da Ferroviária.

abelhudonews.blogspot.com

Vocês saíram o empurrando até a Estação de Trem, deixando-o em um lugar que de lá do Tiro de Guerra não dava para vê-lo.

Assim que as aulas no salão terminaram o Juca saiu em busca de onde tinha deixado o seu carro, e não o encontrou, voltando às pressas para o TG, comunicando aos sargentos que alguns dos seus atiradores tinham escondido o seu automóvel.


Mas como em todos os lugares existem pessoas que gostam de dedurar as outras, alguém os entregou ao sargento Moura, que de imediato ordenou que você, Melquíades e outros teriam que permanecer no Tiro de Guerra para pagarem pelos seus erros.

O Juca tinha razão. Mesmo que o seu automóvel era velhinho, mas era dele.

Falando no atirador Juca, em 1973 eu me encontrava de férias da Editora Comercial, e fui trabalhar no Cais de Areia Branca, isto é, como ajudante de Heronildes Albano de Sousa, meu concunhado, que fazia forros em tetos, e lá no Cais, encontrei-me com o Juca (atirador), que era funcionário da Termisa, nos dias de hoje, CODERN.

Passado alguns anos, visitando o Cemitério São Sebastião em Mossoró, deparei-me com o túmulo do Juca, que até então eu não sabia que ele havia falecido.

 Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citado a fonte e o autor.

Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com

Autor:
José Mendes Pereira

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com