terça-feira, 29 de abril de 2014

A origem do nome "Favela Tranquilim"

Por José Mendes Pereira

A criação de uma favela residencial geralmente começa com uma ou duas famílias, as quais vivem miseravelmente, e como não têm condições para viverem em ambientes mais seguros, arriscam construir suas moradias em loteamentos afastados da periferia, que ainda não existem casas feitas pelos os proprietários dos terrenos loteados. Mas geralmente os favelados não invadem os lotes de propriedade particular, apenas aproveitam as ruas projetadas dos loteamentos, e nelas fazem os seus abrigos de taipas, cobertos e rodeados com papelões, e algumas cobertas com telhas, e por eles mesmos os seus abrigos são chamados de barracos.

Favela Tranquilim - www.defato.com

As favelas aumentam constantemente seus moradores, quando outras famílias são levadas por familiares que lá já residem. Qualquer favela tem a sua origem como: o primeiro morador que iniciou a edificação da favela, o primeiro comerciante que fornecia alimentos aos moradores, as primeiras brigas entre vizinhos, e além destes, o nome escolhido por eles mesmos, que geralmente vem de acontecimentos não tão bons, como: pancadas que um deles recebeu do vizinho, facadas, tiros, facãozada, ou ainda pela posição da própria localidade...

A localidade onde eu moro (Teimosos), no bairro Costa e Silva, antes fora favela. Mas, posteriormente o prefeito de Mossoró construiu casas para os favelados, na condição de derrubar todas as casas construídas pelos favelados.

Favela Tranquilim - www.defato.com

Entregue as casas a estes, logo venderam e voltaram para o mesmo lugar. Como o prefeito não tinha condições para construir outras moradias, a localidade passou a ser chamada de Teimosos, devido a teimosia dos favelados, que quase todos voltaram para o mesmo lugar.


Lairinho na Favela Tranquilim - www.lairinho.blogspot.com

A Favela Tranquilim, no grande Alto do São Manoel, no bairro Dom Jaime Câmara, próxima aos Teimosos, quase ligada à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, é uma das maiores de Mossoró, e seu nome "Tranquilim", foi criado por um dos seus primeiros moradores, um senhor chamado (Tanca), homem que vive mendigando o pão pelas ruas deste bairro, que apesar de ser uma pessoa que pede sobra de comidas nas casas, foi, é, e sempre será um homem honesto, apenas pede para se alimentar. Como ele foi um dos primeiros que deu início à Favela Tranquilim, e quando vinha aqui no bairro Teimosos, muitos querendo saber sobre o andamento da nova favela que estava surgindo, perguntavam-lhe:

- Tanca, como anda a favela que você está morando? Está tudo na Santa Paz do Senhor?

Como ele é um homem educado, calmo, e com o seu jeito tranquilo, respondia  pacientemente:

- Graças a Deus, lá está tudo tranquilim. 

E assim surgiu o apelido desta favela, que logo, logo, os moradores serão transferidos para ocuparem as suas casas doadas pela Prefeitura Municipal de Mossoró, as quais já estão sendo construídas no mesmo bairro Dom Jaime Câmara, apenas um pouquinho distante da Favela Tranquilim.


http://www.defato.com

A Favela Tranquilim não é uma das piores, e nela existem pessoas boas, que vivem trabalhando para a sua sobrevivência, sem intrigas e na Santa paz do Senhor. É claro que lá acontecem mortes, brigas, intrigas, roubos, mas não devemos condená-la, porque em todos os lugares existem isto. Mas ninguém sabe, se ao receberem as suas casas, venderão.


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segunda-feira, 28 de abril de 2014

A RUA SÃO LUIZ NO GRANDE ALTO DE SÃO MANOEL, O "BECO DA ALEGRIA".

Por José Mendes Pereira

Com exceção dos carteiros dos correios e telégrafos e dos seus moradores, se alguém pedir informação onde fica localizada  a Rua São Luiz, no grande Alto de São Manoel, poucas pessoas saberão informar onde ela está localizada. Mas se perguntarem pelo o "Beco da Alegria" neste bairro de Mossoró, de imediato será informado onde ele fica.

A Rua São Luiz nasce na Avenida Presidente Dutra, no antigo "Mercadinho União", no grande Alto de São Manoel, e é cortada pelas ruas: Avenida Rio Mossoró, Rua Deódulo Câmara, Rua José de Sousa, Rua Olinda, terminando na Rua Delmiro Rocha. Mas poucas pessoas a conhecem por este nome, mas sim, por "Beco da Alegria". 

Esta Rua São Luiz mudou o seu nome verdadeiro quando  o afamado e competente marceneiro/carpinteiro Astério Pereira da Costa, falecido na década de 70, um senhor nascido nas terras da Fazenda Duarte, veio morar nela, dando-lhe este nome de Beco da Alegria, por ser uma rua de muito movimento entre os seus moradores.

domescobar.blogspot.com

Com a entrada da abelha italiana no Rio Grande do Norte Astério dedicou-se à fabricação de cortiços, e como era um bom marceneiro/carpinteiro, foi convidado por alguns apicultores para confeccioná-los, e assim cuidou de vir morar em Mossoró, no intuito de ganhar o seu pão através das confecções de cortiços.

www.swissinfo.ch

Astério era compadre do meu pai, inclusive cunhado de dois tios meus, os quais eram casados com suas irmãs; e sendo o meu pai um pequeno apicultor, Astério confeccionou vários cortiços para ele.

Saindo das terras da fazenda Duarte, no final dos anos 50, Astério estabeleceu residência à Rua São Luiz, quase em frente à Escola Estadual Professor Manoel João, e esta rua ainda estava em formação, com poucas casas construídas. 

Sendo um homem que gostava da prosa, sem desrespeitar e sem afetar o caráter de ninguém, e como a rua São Luiz era um tanto quanto animada, divertida, porque ainda reinava a harmonia entre os seus moradores, e muito movimentada, devido alguns comércios que existiam nela, sendo seus proprietários: Cearense, Quetim, Noé e outros mais, carinhosamente Astério deu a ela este nome de "Beco da Alegria", que logo mais passou a ser chamado por todos que nela residiam,  e nos dias de hoje é muito difícil alguém a chamar de Rua São Luiz, e sim "Beco da Alegria".

É claro que este nome está apenas na mente das pessoas, e que nos registros da Prefeitura Municipal de Mossoró  ela continua sendo a Rua São Luiz, e não "Beco da Alegria". Mas mesmo residindo nela, alguns moradores não sabem a origem da mudança do nome desta Rua São Luiz para "Beco da Alegria". 


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domingo, 27 de abril de 2014

Seu Galdino conta história ao seu Leodoro na debulha de feijão em sua casa.

Por José Mendes Pereira

Nessa noite os convidados para a debulha de feijão na casa do seu Galdino eram poucos. O vaqueiro do fazendeiro Lili Duarte, este acompanhado da esposa; outro casal das suas amizades, acompanhados dos seus dois filhos com as suas  esposas,´mais ele e sua esposa dona Dionísia. Mas para seu Galdino,  de todos, os mais importantes naquela debulha de feijão era seu Leodoro Gusmão, seu melhor amigo e compadre de muitos anos, mais a  sua esposa Gertrudes, uma paixão incondicional do seu Galdino.

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A conversa no meio da debulha do feijão continuava animada, e o vaqueiro do Lili Duarte contava as suas aventuras na derruba de gado, que nunca havia perdido nenhuma rês, quando decidia botar o seu famoso cavalo (o Tango, como era chamado), em cima de uma delas qualquer, só parava quando o animal já estava totalmente dominado. Mascarava-o, e o tangia em busca da fazenda.


Outras e outras histórias interessantes e até engraçadas surgiram no período da debulha. Mas ainda faltava a mais fantástica e famosa história que iria ser contada pelo o dono da debulha do feijão, seu Galdino, que desde muito cedo, já havia a preparado para contá-la no meio da debulha do feijão.

Sentado sobre um tamborete fabricado com madeira de pereiro, e coberto com couro cru de rês, ajeitou-se um pouco sobre ele, virou o rosto para um dos lados, acendeu um cigarro feito com fumo fabricado em Arapiraca, cuspiu, e em seguida iniciou a sua história.

- Em uma das minhas caçadas pelos cerrados, acompanhado do Rodolfo, um dos meus vizinhos e amigos, mais os nossos invejados cães de caças (o leão e o poty), perdemos-nos na Serra do Mel, e não entendemos porque havíamos se perdido ali naquela mata, lugar que nós tanto  frequentamos de olhos vedados.

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- Como nós já estávamos cansados e necessitávamos de um repouso, continuava seu Galdino, resolvemos  arriar a bagagem, cuidar de um fogo para fazermos um delicioso café e alimentarmos os nossos intestinos, porque quando a noite chegasse,  a caminhada nos tabuleiros seria pesada em busca de alguns pebas, tatus, tamanduás e outros viventes... O Rodolfo apoderou-se de um facão, afirmando-me que iria tirar umas cascas de mororó para fazer buchas para a sua espingarda, e nessa saída, Rodolfo deparou-se com umas pedras semelhantes grutas, e vendo uma fenda entre uma e outra, desejou ver o que as pedras escondiam ali. E sem calcular o tamanho da fenda, deitou-se ao chão, enfiou a cabeça, que para este fim, não foi difícil. Mas o Rodolfo não levou sorte. Ao forçar a cabeça no pequeno espaço das pedras para olhar para dentro, infelizmente não conseguiu mais sair dali, ficando com a cabeça presa, sem condições de se livrar da fenda.

- Meu Deus! - fez seu Leodoro.

- Sim senhor! O sol já pendia muito para o poente. Eu preocupado com o não retorno do Rodolfo, fiquei gritando, imaginando que ele poderia ouvir os meus gritos por onde se encontrava. Mas o Rodolfo não respondia ao meu chamado. E sem outra solução saí à sua procura dele, até que o encontrei enganchado na fenda das pedras.

- Nossa senhora! - Fez a Gertrudes, esposa do seu leodoro.

- E a partir daquele instante só foi sofrimento para nós. O Rodolfo tentou todas as maneiras, mas quanto mais procurava se livrar das pedras, mais enganchado ficava. O sangue já descia pelo o corpo abaixo, saindo por pequenos cortes feitos pelas pedras.  Eu imaginei voltar ao acampamento improvisado, para apanhar uma picareta para quebrar parte de uma das pedras, mas não havia como usá-la ali, porque qualquer pancada que eu desse sobre uma delas, iria machucar o Rodolfo. Sem solução, eu e os cachorros ficamos a noite toda ao seu redor.

- E deu para o senhor dormir, compadre Galdino?

- Eu nem imaginei dormir, porque o Rodolfo não deixava. O tempo todo invocava todos os Santos..., a noite se foi, e ao clarear do dia, o estado de saúde do Rodolfo não era bom; passara a noite em vexames, não dormiu, porque a posição da sua cabeça entre as pedras não lhe favorecia dormir. Eu não sabia mais o que fazer para salvar o Rodolfo. Foi-se o dia e novamente chegou a noite. O Rodolfo não tinha como sair dali. Durante estes dois dias preso entre as pedras, o Rodolfo não comeu e nem bebeu. Já no terceiro dia, ele me liberou, dizendo-me que fosse embora. O fim dele era ali mesmo, enganchado naquelas pedras. Que eu desse lembranças à esposa, aos filhos, parentes e amigos. Para procurar o corpo de bombeiro em Mossoró não seria tão fácil, já que eu teria que enfrentar a pé mais de 40 quilômetros, e com certeza, ao retornar, eu não encontraria mais o Rodolfo vivo naquelas matas. Despedi-me do amigo e saí lentamente acompanhado pelos cachorros, com um arrocho em meu coração, por eu não ter conseguido livrar o amigo daquelas pedras.


Mas ao sair, já com mais de 200 metros caminhado, lembrei-me que o Rodolfo tinha muito medo de onça. Resolvi voltar para tentar o último recurso e ver se salvava o meu amigo. E aproximando-me do Rodolfo, cuidadosamente esturrei como onça. Mesmo já debilitado, com medo, o Rodolfo puxou a cabeça de vez, e com isso livrou-se das malditas pedras que há três dias o conservavam preso pela a cabeça. 

- Que sorte hein compadre Galdino, teve o Rodolfo! -  exclamou seu Leodoro.

- Foi muita sorte! Muita! Mas em compensação as suas orelhas ficaram entre as pedras. Mas é melhor vivo lambi do que morto com as orelhas. - disse seu Galdino com deboche.


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sexta-feira, 25 de abril de 2014

CORISCO – O DESTEMIDO ALAGOANO

Por: José Mendes Pereira

Amigo leitor: 
Este blog publica memórias, mas como este artigo foi organizado por mim, fiz a postagem apenas como arquivo. Ele também foi postado no blog Tok de História do historiógrafo  e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros.

No dia 25 de maio, deste, completou 71 anos que o famoso cangaceiro Corisco foi assassinado pelas armas do tenente Zé Rufino, o maior caçador de cangaceiros de todos os tempos. O assassinato aconteceu em Brotas de Macaúbas, no Estado da Bahia. No momento, sua companheira Dadá foi atingida com um tiro na perna, sendo obrigada a fazer uma cirurgia, e não sendo aproveitada, foi amputada. Foi presa, mas posteriormente foi liberada para novamente participar da sociedade livre.

Cristino Gomes da Silva Cleto era seu nome verdadeiro. Nascido no dia 10 de agosto de 1907, em Matinha de Água Branca, no  Estado de Alagoas. Era filho do sofrido casal Manoel Anacleto e Firmina Maria (segundo comprovação no atestado de óbito do acervo Ivanildo Alves da Silveira).

No ano de 1924,  foi convocado pelo Exército Brasileiro para cumprir o serviço militar, mas talvez não satisfeito com as exigências das forças armadas, desistiu   em seguida.

No ano de 1926, Corisco resolveu participar da pior vida do mundo,  incorporou-se à “Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia”,  do famoso Virgulino Ferreira da Silva, vulgarmente chamado “Lampião”.
Corisco foi um dos cangaceiros mais admirados pelas mulheres,  pela sua beleza, dono de um belo físico  e cabelos longos. Entre os comparsas ele era admirado  pela sua  força física.  No cangaço fora alcunhado por Corisco, pela sua ligeireza, Diabo Loiro, Alemão…

Assim que Lampião levou Maria de Déia, a futura Maria Bonita para o cangaço, com a liberação do chefe, Corisco raptou uma moça de 13 anos, descendente dos índios Pancarerés, a Sérgia Ribeiro da Silva, conhecida por Dadá. Como a companheira não sabia  ler e escrever, Corisco a ensinou, e também os manejos de  armas de fogo.

Em relação às vestes dos cangaceiros, Dadá foi a maior  estilista do bando; costurava e enfeitava as vestes de todos os cangaceiros. Corisco foi o seu companheiro até o dia de sua morte.

Mesmo vivendo de correrias dentro das caatingas, o casal teve sete filhos, mas apenas três deles sobreviveram, e um deles é o Sílvio Bulhões, muito conhecido por todos os escritores e pesquisadores do cangaço.

Como em toda sociedade sempre há desavenças por uma razão qualquer, infelizmente Lampião e Corisco  se desentenderam, causando a separação do bando, e com isso Corisco foi obrigado a formar o seu próprio grupo de cangaceiros, mas continuou conservando a amizade com o chefe Lampião.

Na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota de Angicos, no Estado de Sergipe, a polícia alagoana desbaratou o bando de cangaceiros;  matou e degolou onze asseclas, que infelizmente não conseguiram furar o cerco, e entre eles morreram: o rei  Lampião e a sua rainha Maria Bonita.

O cangaceiro Corisco não se encontrava no acampamento no momento do massacre, e ao tomar conhecimento, vingou-se ao seu modo.

Cinco dias depois do combate na Grota de Angicos, Corisco  matou o  coiteiro Domingos Ventura, e mais cinco pessoas de sua família, incentivado por Joca Bernardo, dizendo que o coiteiro Domingos Ventura era o responsável pela denúncia de Lampião.

Em seguida, separou  as cabeças dos corpos, e mandou-as para o Tenente João Bezerra da Silva. E comelas foi o recado: “-Faça uma fritada. Se o problema é cabeça, aí vai em quantidade”.

Como havia sido mortos os pais dos cangaceiros, isto é, seus protetores,  com uns trinta dias depois do massacre de Angico, a maioria dos facínoras já havia se rendido. Na ativa apenas permaneciam os grupos de Moreno e Corisco.

Corisco foi morto e enterrado em Jeremoabo, no Estado da Bahia, e com ele foi sepultada a “Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia.”

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domingo, 6 de abril de 2014

Perdoar é devolver ao outro o direito de ser feliz

Por: José Mendes Pereira
José Mendes Pereira

Viemos ao mundo para prepararmos um lugar seguro na casa do Senhor, mas, infelizmente, não temos o maior respeito pelos nossos semelhantes. E tudo o que é bom desejamos para nós, o pior é para ser entregue aos que nós o odiamos, maltratamos com palavras ridículas, grosseiras...

Mas nós temos obrigação de desejarmos o que é bom para os nossos irmãos. Deus nos fez para este fim, amarmos, amarmos, zelarmos pela dignidade do nosso semelhante, ajudar a quem precisa sem olhar a quem, revertermos o mal para o bem, perdoarmos as grosserias que recebemos de um ou de outro...

Se algum dos nossos semelhantes nos ferir com palavras amargas, vamos tentar açucará-las, sem usarmos o ódio, a vingança, a covardia, ou até mesmo os enjoos da vida.


Certa vez, um dos discípulos de Confúcio perguntou-lhe:

- Mestre, devo eu pagar o mal com o bem?

Ao que Confúcio lhe respondeu:

- Nunca faça isto. O bem se paga com o bem, e o mal com justiça. Porque se você pagar o mal com o bem, com que você irá pagar o bem? 

Mas devido a ambição pelas coisas materiais, estamos sempre querendo derrubar o outro, desrespeitando o que nos ensinou Jesus Cristo quando veio ao nosso planeta.


Se você perdoar ao seu semelhante com certeza ele irá te conquistar, em vez de querer continuar com a sua grosseria, porque quanto mais nós tentarmos desconsiderá o nosso irmão, mais infeliz ele ficará, e não tendo outra saída, continuará sempre fazendo coisas que nos incomodam.

Portanto "perdoar é devolver ao outro o direito de ser feliz", só assim o seu opositor se juntará a você em prol do bem. E dizem que: "Quando não se pode com o inimigo, a solução é juntar-se a ele".

Nota: Esta frase: "perdoar é devolver ao outro o direito de ser feliz" não é minha e nem conheço o autor, mas me parece ser de um sacerdote de Deus.

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sábado, 5 de abril de 2014

Extra - Morre no Rio o ator José Wilker




O ator José Wilker, de 66 anos, morreu esta manhã em sua casa no Rio de Janeiro. Ele deixa as filhas Isabel e Mariana. Ainda não há informações oficiais sobre a causa da morte, mas suspeita-se de infarto.

Um dos artistas mais atuantes da televisão e do cinema brasileiros, Wilker pôde ser visto recentemente na novela "Amor à vida" como o médico Herbert. 
 
O ator deixa três filhas.
Veja fotos da carreira de José Wilker.

http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2014/04/05/morre-no-rio-ator-jose-wilker-530097.asp

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terça-feira, 1 de abril de 2014

Manoel Camelo, Altivo e Papão.

Por José Mendes Pereira

Para a criação de uma cidade tem que ter de tudo. Em primeiro indispensável, um mercado público, uma capela para os fiéis ajoelharem-se diante da estátua e fazerem os seus pedidos; bares, mercearias, escolas, um posto de saúde, um posto policial, mesmo que não resolva nada, mas é necessário. Mas uma das coisas que não precisa ninguém construir ou fabricar são os tipos populares, alguns com problemas mentais, outros se declaram que são incapazes para o trabalho, e assim vão levando a vida como Deus consente, os quais aparecem de montão, e cada um tem o seu estilo de vida. Alguns são agressivos, exigindo o respeito sobre a sua loucura, enquanto outros servem de graça para a população. 

Foto do blog: http://www.azougue.org/conteudo/desabonitado13.html 

Manoel Camelo era um desse tipo que vivia perambulando pelas ruas do centro da cidade de Mossoró. Era baixo, moreno, com uma escoliose ao lado esquerdo do ombro, e conversava muito pouco. Mas mesmo tendo um parafuso a menos, quando decidia falar, dizia tudo direitinho, na sequência, com sentido e tudo mais. Era um torcedor do time Baraúna, e não admitia que ninguém tentasse denegrir a imagem do seu time.

cacellain.com.br 

Dois rivais do Manoel Camelo, um deles era Altivo, também deficiente físico (andava quase nu), era torcedor do Potiguar, e o outro que tinha o apelido Papão, apaixonado pelo o  Potiguar, também era deficiente físico. Se acontecessem encontros deles três, em qualquer avenida da cidade, a confusão começava, e geralmente, ela partia de alguém que os incentivava para uma guerra verbalmente, e muitas das vezes, chegando às agressões físicas.

http://futguar-futebolpotiguar.blogspot.com 

Não tenho certeza se o Manoel Camelo, Altivo e o Papão já faleceram. Mas é provável que sim, porque faz mais de 20 anos que eu nunca mais os vi perambulando pelas ruas de Mossoró. Os três eram pessoas que não agrediam ninguém, e geralmente, as confusões criadas, eram entre si.

Estes são mais três tipos populares de Mossoró do século XX, e não podemos dizer que eles não eram pessoas boas, apenas se desentendiam quando se encontravam, cada um tentando manter a paixão pelo seu time.

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