quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Rita Mutema - Teve uma vida muito infeliz

Por: José Mendes Pereira
José Mendes Pereira

Tem gente neste mundo que nasce, cresce, envelhece e morre no sofrimento, e às vezes perguntamos: Por que tanto sofrimento foi dado a uma determinada pessoa? E esta pergunta só quem sabe respondê-la, e pode, é o "Grande Deus Todo Poderoso".

Rita Mutema era uma senhora pequenina, morena, magrinha, de cintura meio selada, às vezes simpática, às vezes agressiva. Nasceu e  criou-se no grande Alto de São Manoel em Mossoró, nas imediações da UFERSA (antiga ESAM), já bem próximo ao Rio Mossoró. E desde muita nova, que a Rita Mutema era viciada em bebidas alcoólicas, levando o tempo sempre embriagada, urinava em qualquer lugar, e por isso, a infeliz não tinha condições de trabalhar em nada.

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Do meu conhecimento, isto é, desde quando eu a conheci, ela apenas tivera uma filha, por nome de Joana D'arc, sendo que esta tem o mesmo destino da mãe, problemas com o álcool.  

Quando Rita Mutema bebia, tornava-se agressiva. E se uma pessoa dissesse algo, mesmo que não a desrespeitasse, seria apedrejada por ela, e se não fugisse logo do locar, a Rita não parava de jogar pedras na pessoa.

Nos anos 90, a Rita Mutema, sua filha Joana D'arc e o Antonio seu esposo, que não era o pai da menina, e que também era alcoólatra,  foram moradores do meu pai Pedro Nél Pereira, na sua propriedade, no sítio São Francisco, município de Mossoró.

Pedro Nél Pereira -blogdomendesemendes.blogspot.com

O meu pai tentando recuperá-los e salvá-los das bebidas, levou-os para lá, garantindo-lhes que não faltaria nada, já que tinha muito leite, legumes etc. Mas as intenções da Rita e o Antonio eram nada mais do que viverem  embriagados.

Além da filha Joana D'arc o casal criava uma cachorra, e ao chegar ao sítio, e como ainda não conhecia bodes, ovelhas, ela deu início a atacar os animais nos pescoços, nas pernas, deixando-os feridos e sem condições de pastarem.

Eu conversei com o casal sobre os ataques feitos pela cachorra, solicitando que a levasse para Mossoró e a entregasse a um dos seus familiares para criá-la, mas eles não aceitaram. Pedi para que a amarrassem, e nem isso foi aceito.

www.tudosobrecachorros.com.br
 
Já com alguns animais sem condições de andarem e com prejuízos, meu irmão e eu resolvemos sacrificar a cachorra. Mas quando nós estávamos caminhando com ela laçada ao pescoço por uma corda, em direção ao cemitério (matar), encontramos o meu pai que vinha chegando ao sítio, e ao ver aquela nossa arrumação, disse-nos que não fizéssemos aquilo com a miserável, e além desta malvadeza, o casal criava-a como se fosse uma filha. Rendemo-nos e soltamos a cachorra.

Posteriormente o casal resolveu voltar para Mossoró, e meses depois o Antonio foi acidentado por um automóvel, tendo morte no local.  Alguns anos depois, a Rita Mutema, por infelicidade, bebeu muito nesse dia, e faleceu dentro de um buraco com pouca água. Mas para quem está embriagado, uma lata d’água, é como se fosse um oceano.

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Autor:
José Mendes Pereira

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