domingo, 17 de fevereiro de 2013

Manias de Jerônimo Dix-neuf Rosado Maia

Por: José Mendes Pereira
Dix-neuf Rosado e sua esposa Odete Rosado

Jerônimo Dix-neuf Rosado Maia (19º filho), era natural de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte. Filho de Jerônimo Rosado Maia, nascido em Pombal, no Estado da Paraíba, e de dona Isaura Rosado, sendo esta irmã de dona Maria Amélia Henrique Maia, a primeira esposa de Jerônimo Rosado. Dix-neuf Rosado tinha 20 irmãos, conhecidos como a família numerada de Mossoró.

Mulher - Morre mãe de Fafá Rosado, prefeita de Mossoró
Dona Odete Rosado

Dix-neuf Rosado era casado com dona Odete Rosado, e pai da ex-prefeita Fafá Rosado. Dona Odete faleceu no dia 15 de outubro de 2012, em Mossoró.
Casarão pertence ao espólio do industrial Jerônimo Dix-neuf Rosado Maia) Foto: O Mossoroense)

Jerônimo Dix-neuf Rosado Maia morava neste palacete, construído pelo banqueiro Sebastião Fernandes Gurgel, proprietário da Casa Bancária S. Gurgel. 

Nº. 1 - Renato Costa e nº 2 - Sebastião Fernandes Gurgel - http://telescope.zip.net 

Em 1928, foi vendido para o comerciante e industrial local, Miguel Faustino do Monte, ex-funcionário do coronel Delmiro Gouveia.

 
Coronel Delmiro Gouveia

Em 13 de setembro de 1933, o palacete entrou para a História Oficial, foi o Catete Mossoroense. Nesta data, instalaram-se o Presidente Getúlio Vargas e sua comitiva presidencial. Após  a solenidade do hasteamento da Bandeira Nacional foi dada como instalado o Governo Provisório da República do Brasil. Em 1945, novamente o Palacete foi vendido ao Sr. Dix-neuf Rosado, industrial e político local, permanecendo em poder da família até a presente data.

Como todo ser humano tem suas manias Jerônimo Dix-neuf Rosado não era diferente, exigia cumprimento aos tratos, dado a palavra, não voltava atrás.

Se ele dissesse que chegaria em determinado local tal hora, tal hora ele estaria ali, nem mais nem menos minutos. 

Se ele dissesse que honraria um compromisso às três horas da tarde, não adiantava o sujeito chegar antes ou depois da hora marcada. Tinha que ser às três horas mesmo.

Quando ele e dona Odete viajavam para um lugar mais distante do Estado, Petrolina, por exemplo, onde mantinha uma empresa..., um iria de avião, o outro seguiria no ônibus, pois se acontecesse um acidente, só morreria um. 

Quando mandava um dos seus empregados fazer depósitos bancários, dividia o dinheiro em duas partes iguais, uma porção seria colocada em um dos bolsos do empregado, a outra parte seria colocada em outro bolso, pois se fosse roubada ou perdida, saldaria a metade do valor a ser depositada.  

Certa vez, aproveitando a ausência de dona Odete em sua casa, e não gostando de um pé de coco com dois metros de altura, o qual frondeava viçosamente no seu jardim, ordenou a um dos seus jardineiros que o arrancasse pelo tronco. 

Sabendo do zelo que dona Odete tinha pelo coqueiro, o empregado disse-lhe que não iria fazer isto, pois quando ela retornasse da viagem, com certeza iria se zangar com ele, por ter arrancado o que ela mais gostava do seu jardim.

Dix-neuf Rosado esbravejou dizendo-lhe que quem mandava em sua casa era ele, e não o empregado, e exigiu que cumprisse a sua ordem, do contrário seria demitido imediatamente. Mas tivesse cuidado para não maltratar o coqueiro, pois depois que fosse arrancado pelo tronco, iria precisar dele.

Depois de dado a ordem Dix-neuf saiu pelos fundos da casa em direção à sua retífica, que fica (continua no mesmo lugar com outro nome de fantasia, Montec),  na Avenida Alberto Maranhão.

O empregado não tinha outra solução, o jeito para permanecer ganhando o seu salário era meter a chibanca e arrancar o pé de coco. 

Com uma sofrida tarefa de três horas finalmente o pé de coco estava sobre o solo, e de imediato o empregado foi comunicar ao patrão que o coqueiro já estava livre do jardim.

Ao chegar, Dix-neuf viu a miserável palmeira encostada ao muro, e virando-se para o empregado disse-lhe: 

- Quando eu ordenar uma atividade para você, faça-a. Se eu te pago, não há como me recusar.

-E agora seu Dix-neuf, o que eu faço com o pé de coco?

- Agora o plante no mesmo lugar. Faça sempre o que eu determinar.

- Mas seu Dix-neuf, o trabalho que ele me deu para ser arrancado, agora vou ter que plantá-lo?

- Se você tivesse me obedecido logo, não estaria com este trabalho de plantá-lo, depois regá-lo,...

Minhas simples histórias

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Autor:
José Mendes Pereira

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3 comentários:

Anônimo disse...

Além do que, aquele que vc aponta como sendo Sebastião Gurgel, sentado à mesa do Farolito, é o filho dele, Raimundo Gurgel. Grande abraço.

José Mendes Pereira disse...

Não sou eu quem digo, é o site telescope.

José Mendes Pereira disse...

Obrigado amigo, pela sua informação. Só que eu vou saber do telescope, porque foi o site que publicou. Apenas repassei o que diz o site.